Flávio Dino: "Waldir Maranhão tentou conter a marcha da insensatez"
Por meio das redes sociais, o governador do Maranhão Flavio Dino (PCdoB) comentou a decisão do presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, de revogar a decisão que anulava a votação do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
Publicado 10/05/2016 09:53
Para o governador, o deputado "teve a coragem que poucos tiveram: votou não ao golpe e tentou conter a marcha da insensatez". E acrescentou: "Tem o meu respeito".
Flávio Dino reconhece que a conduta de Maranhão ao afirmar que é "muito difícil discordar e se manter firme diante dessa onda avassaladora e "consensual"".
"Foi assim em 1964 e está sendo assim novamente. Orgulho-me de defender a Constituição, a Democracia e o Estado de Direito, princípios que estão muito acima de conjunturas difíceis", disse.
O governador do Maranhão compara a atual situação com a posição de Tancredo Neves, que se opôs a Auro Moura Andrade em noite tenebrosa e "consensual" no Congresso em abril de 1964.
ele também fez questão de parabenizar o ministro José Eduardo Cardoso, advogado-geral da União, "irreparável na defesa competente e séria do mandato constitucional da presidenta Dilma".
E acrescenta: "E segue a luta em defesa do mais longo ciclo democrático da vida institucional brasileira. Estamos diante de um absurdo político e jurídico. Além das manifestações de juristas do Brasil, chamo atenção à posição do secretário geral da OEA e do presidente da Corte Interamericana".
Flávio Dino se refere às declarações do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e o presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Roberto Caldas, que durante audiência pública, nesta segunda-feira (9), na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), criticaram a falta de base jurídica e a antecipação de votos que permeiam o processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.
"Desrespeitar os limites determinados no sistema constitucional brasileiro afeta a estrutura de funcionamento desse sistema e distorce a força e a operacionalidade que devem ter a Constituição e as leis", disse Amalgro.