Adilson Araújo: “Reunir esforços para preservar democracia”

O presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, afirmou que é preciso somar esforços para defender a democracia no Brasil. Na opinião dele, “mesmo aqueles que discordam de parte do que a gente fala precisam ser convocados” para a Marcha, desta quinta-feira (31), em Brasília, em Defesa da Democracia e contra o golpe e os demais atos pelo Brasil.

Dia 31 de março 2016 defesa da democracia

A avaliação da Frente Brasil Popular, uma das organizadoras da Marcha,  é que as mobilizações que estão acontecendo pelo país adquiriram papel central na resistência em defesa do Estado de direito. Nesta quinta-feira (31), em Brasília, o ato começa às 14 horas, no estádio Mané Garrincha, e segue em marcha até o Congresso Nacional.  

"A rua passou a ser uma importante trincheira. O elemento que está posto é ter muita tranquilidade, pé no chão e sensibilidade. Mesmo aqueles que discordam de parte do que a gente fala precisam ser convocados. Precisamos ter atuação ampla, porque o que se ensaia por parte da elite conservadora é um agravamento ainda maior do quadro político, apostando na instabilidade", disse.
Como estratégia de reação, Adilson sugeriu "alcançar os setores da população que não se identificam com uma organização, mas que estão se unindo aos esforços para preservar a democracia", como o coletivo de artistas no Rio de Janeiro ou o encontro acadêmico na PUC-SP e outras manifestações de artistas, juristas, intelectuais e movimentos populares que ocorreram espontaneamente em diversos estados do país.
Dia 31 de março: Atos pelo Brasil

Em reunião, a Frente definiu como principal encaminhamento, a realização simultânea de atos em todos os estados no dia 31, não apenas em Brasília. A "Jornada Nacional Pela Democracia" terá como lema "Golpe Nunca Mais", e deverá carregar em seu manifesto a defesa dos direitos sociais e a busca por uma nova política econômica. E divulgou um conjunto de ações para orientar os trabalhos nos estados.
Pressão sobre os parlamentares da comissão do impeachment
Nos próximos dias, 65 deputados federais devem decidir sobre o processo do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) na comissão especial que analisa o processo na Câmara dos Deputados. Por enquanto, de acordo com levantamento do “Mapa da Democracia”, 30 parlamentares apoiam o golpe, outros 21 defendem a manutenção da democracia e 14 estão indecisos.
Os brasileiros que apoiam a democracia podem pressionar os parlamentares indecisos para que votem pela democracia e contra o processo que tramita na comissão especial da Câmara dos Deputados.
Mesmo os parlamentares que declararam seu voto favorável ao golpe, podem mudar sua posição se houver pressão popular.
O portal da Central Única dos Trabalhadores (CUT) publicou a seguinte mensagem: “Apoiar a saída da presidenta é estar ao lado dos que querem o fim dos direitos trabalhistas, o retrocesso das conquistas na área de direitos humanos, além do extermínio de programas sociais que ajudaram a mudar o Brasil, como "Bolsa Família", "Minha Casa, Minha Vida" e o "ProUni".
 
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