Diretora de Que Horas Ela Volta? dedica prêmio a Lula e Dilma

Em premiação do jornal O Globo, nesta quarta-feira (23), a cineasta Anna Muylaert dedicou o prêmio ao ex-presidente Lula e à presidenta Dilma pelas políticas de acesso à educação. O filme mostra, entre outros aspectos, as oportunidades que a filha de uma empregada doméstica teve para estudar. No discurso, Ana contou que o filme a colocou em contato com pessoas que se identificaram com a personagem Jéssica e que são os primeiros da família a entrar na universidade.

Anna Muylaert - Divulgação

Ao receber o prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo, a cineasta Anna Muylaert contou que no começo da divulgação do filme, ao ser perguntada por jornalistas se a personagem Jéssica, do filme Que Horas Ela Volta?, era uma utopia, ela afirmava que sim: “era uma vontade que a gente tinha, de ter educação para todos”. 

Mas que depois que o longa-metragem foi lançado, ela começou a fazer uma peregrinação por diversas universidades do país, onde conheceu jovens que a procuravam pra dizer que se identificaram com a história e diziam ser a primeira pessoa da família a entrar na universidade. Para ela, esses jovens “impressionavam muito pela garra e pela vontade de honrar aquela cadeira que estava sendo ocupada pela primeira vez na sua família”, conta a cineasta.

 
“Eu quero dedicar esse prêmio às Jéssicas, que estão hoje na universidade; não a do filme, mas da vida real. E quero dedicar também a pessoas que acredito que tenham muito a ver com isso. Eu entendo essas pessoas como o ‘pai e a mãe’ desses jovens, não no filme, mas na vida real; que são o ex-presidente Lula e a presidente Dilma”, ressaltou a diretora, bastante aplaudida pela plateia.
 
No filme, Regina Casé interpreta a empregada doméstica Val, pernambucana que vai trabalhar em São Paulo e, por isso, não acompanha o crescimento da filha Jéssica, interpretada por Camila Márdila. Ao contrário da mãe, ela ganha uma série de oportunidades de estudar e ter uma vida melhor, o que a leva a tentar vestibular em São Paulo, onde a convivência com os patrões da mãe levanta uma série de questões sociais.