Se golpe for por "pedaladas", 16 governadores terão que se afastar
Professor de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, o ex-desembargador Francisco de Queiroz Bezerra Cvalcanti defendeu, nesta terça (22), que se a presidenta Dilma Rousseff sofrer um impeachment sob o argumento das chamadas “pedaladas” fiscais, ao menos 16 governadores também deveriam ser afastados pelo mesmo problema.
Publicado 22/03/2016 16:04

Ele discursou no “Encontro de Juristas pela Legalidade e em Defesa da Democracia”, realizado no Palácio do Planalto.
De acordo com o professor, os atrasos nos repasses do Tesouro a bancos públicos, prática popularizada como “pedalada”, não são motivo suficiente para afastar um presidente. “Se nós entendermos que é suficiente, temos que afastar pelo menos 16 governadores”, disse ele, sob aplausos da plateia.
O jurista também teceu críticas à condução que o juiz Sergio Moro tem dado à Operação lava Jato. Segundo ele, o Moro tirou o sigilo das escutas no mesmo instante em que soube que Lula tinha sido nomeado ministro e que, por isso, não poderia mais ser investigado em Curitiba.
"Estamos num momento em que os golpes não são dados por forças armadas, os golpes são dados por artifícios jurídicos. E isso é terrível", afirmou, aalertando ainda que, no Brasil, "a liberdade de imprensa está privatizada".