SP: Alckmin aposta no confronto e põe PM para afagar golpistas

Como já denunciamos em outras ocasiões, a direita brasileira manobra para dar um golpe contra a democracia. O governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin há muito tempo demonstra que quando se trata de movimentos sociais o tratamento é a repressão policial. Nesta sexta-feira (18) ele demonstra que a sua aposta é no confronto ao não desocupar a avenida Paulista, em frente à Fiesp, que desde quarta-feira (16) está fechada por ordem do governador, mesmo com apenas 30 manifestantes.

Paulista Fiesp - Agência Brasil

Na semana passada, diante das arbitrariedas dos Judiciário, diversos movimentos anunciaram a realização de atos para o domingo (13), data do ato da direita. Num falso discurso republicano, Alckmin evocou a Constituição para dizer que não permitiria a realização de duas manifestações em um mesmo local e, como os atos golpistas foram agendados antes atuaria usando a polícia para reprimir protestos dos movimentos sociais. Demonstrando repeito à Constituição e na busca do debate democrático, os organizadores dos movimentos sociais decidiram atuar par anão realizar protestos.

Agora, menos de uma semana, ele anuncia que não vai desocupar a Paulista, onde meia-dúzia de manifestantes a favor do impeachment permanecem acampados. Nesta sexta (18) acontece o ato em defesa democracia e contra o golpe, que terá a presença, segundo os organizadores, do ministro e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na onde

"Tudo que nós queremos é que o governo do Estado, que é quem comanda as forças de segurança, aja neste ato da mesma forma que agiu no domingo passado", disse o presidente do PT-SP, Emídio de Souza.

Na tarde desta quinta (17), lideranças sindicais, estudantis, de movimentos populares e políticas se reuniram com o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, para cobrar que o governo paulista adote a mesma postura dada à manifestação pró-impeachment de domingo.

Por meio de nota, a secretaria de Segurança disse que o efetivo policial será o mesmo da manifestação do dia 13. "A prioridade máxima da polícia será garantir a paz e a segurança de todos. Se for necessário, adaptando-se a novas circunstâncias para evitar confrontos", afirma. Sabemos muito bem como a PM de São Paulo atua nessas "circunstâncias". A tropa de choque tucana, com um número muito maior de manifestantes e com atos previamentes agendados, utilizou bombas, a cavalaria e cacetetes para reprimir, inclusive contra estudantes e professores.

Diante desse escandâlo, por volta das 9 horas, a polícia foi obrigada a retirar os manifestantes, mas usou um metódo diferente. Ao invés da tropa de choque e cavalaria usou jatos de água. Esse trato diferenciado também foi visto na relação amistosa da PM com os manifestantes.

Em janeiro, o Movimento Passe Livre foi impedido de iniciar manifestações por não ter anunciado o trajeto de passeatas. Policiais militares atiraram bombas de gás e balas de borracha nos manifestantes e na imprensa.