Mulheres comunistas contra o golpe

 Neste 8 de março – última terça-feira – foi realizado um ato em defesa da luta feminista emancipadora e contra o golpe a nossa jovem democracia pelas forças conservadoras do país.

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Aproximadamente 4 mil pessoas saíram do vão do MASP em passeata até a Praça da República. As comunistas do PCdoB reafirmaram a luta contra o machismo, além de rechaçar a tentativa de golpe em curso no país desde a derrota dos tucanos na urna em 2014.

Para Lia, presidenta, da FASCESP, “essa atitude antidemocrática da oposição fere a todos os brasileiros que dependem de uma política saudável para retomarmos o rumo do desenvolvimento. Não podemos tolerar um ataque sórdido as lideranças populares, sob a máscara da corrupção, mas que na verdade, todos sabemos, é uma campanha eleitoral antecipada de 2018 e estendida de 2014. Eles não respeitam o povo pobre desse país e isso é lamentável.”

 Tamara Naiz, presidenta da ANPG, ressaltou a luta cotidiana da mulher brasileira por mais direitos e afirmou: “que o papel social das mulheres comunistas é muito maior, principalmente em um momento como esses onde a democracia do nosso país vem sendo constantemente atacada; as mulheres comunistas têm que se manter vigilantes na luta contra o golpe, porque essas lutadoras sabem todo tipo de violência que passaram em um período de recessão e não podemos permitir esse retrocesso”.

Para Ângela Meyer, presidenta da UPES e lideranças das ocupações escolares em São Paulo, “as mulheres comunistas sentiram na pele os efeitos de um regime autoritário e antidemocrático e papel que as comunistas jogam nessa luta contra as forças conservadoras é fazer com que as pessoas se conscientizem o que foi o regime militar e barrar esse golpe. Inclusive lutar no congresso nacional contra qualquer tipo de lei que retira a autoridade da mulher sobre seu próprio corpo e de naturalização da cultura do estupro, até porque só vamos alcançar o socialismo em sua plenitude quando emanciparmos as mulheres”.

De acordo com Camila Lanes, presidenta da UBES, “historicamente as mulheres comunistas tem se mobilizado, hoje temos um golpe colocado no Congresso Nacional que coloca em risco nossa democracia e o voto de 54 milhões de brasileiros. Temos uma mulher eleita e reeleita que é sangrada diariamente pela grande mídia. As mulheres comunistas têm que exercer esse papel de defesa, porque queremos mais espaço de atuação e protagonismo na política brasileira; caso ocorra o golpe sabemos como as mulheres serão atingidas, por isso com garra e determinação estamos na luta para barrar esse machismo institucional enraizado em nossa cultura que coloca mulher como mercadoria e objeto sexual. ”

Segundo Vitória Silvestre, presidenta da UJS de Osasco, “é um absurdo que a pauta do impedimento da presidenta Dilma esteja em pauta ainda hoje, a gente sabe que o machismo está incluso nesse processo. Sabemos também da nossa importância em enfrentar esse preconceito institucionalizado, por isso estaremos nas ruas ocupando espaços para colocar não uma, mas duas, três, ou quantas mulheres forem necessários na presidência da república, além de defender o legado das lutas populares. ”