CNJ determina que vazamentos de processos sigilosos sejam investigados
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta quarta (17) tornar obrigatória a abertura de investigação sobre vazamento de informações de processos que tramitam em segredo de Justiça. A resolução atende a um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para preservar investigações em curso. De acordo com a norma, o juiz relator do processo que tramita em segredo deverá determinar imediatamente a apuração do vazamento.
Publicado 17/02/2016 18:41
A resolução complementa a Lei 9.296/96, conhecida como Lei das Interceptações Telefônicas, que prevê prazo máximo de 15 dias, renovável por igual período, para autorização judicial de grampos telefônicos. Com a nova norma, a investigação deverá conter a degravação completa das conversas relevantes para justificar a prorrogação do prazo, relatório completo sobre o resultado das investigações e as justificativas para renovação do prazo.
Operação Furacão
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou hoje (17) pedido de dois investigados na Operação Furacão, deflagrada pela Polícia Federal em 2007, para anular interceptações telefônicas utilizadas nas investigações. Por maioria de votos, os ministros entenderam que o habeas corpus, tipo de recurso usado pelos advogados para questionar as escutas, não vale para contestar o caso concreto dos acusados. A operação investigou uma organização criminosa que atuava na exploração de jogos ilegais e contava com a participação de magistrados e advogados, acusados de venda de sentenças.