Uma intervenção terrestre na Síria é agressão, afirma chanceler
O chanceler sírio, Walid Al Moallen, afirmou no domingo (7) que qualquer intervenção terrestre no país sem o consentimento do governo é uma agressão e será combatida por todo o povo.
Publicado 08/02/2016 10:44
A afirmação foi feita durante coletiva de imprensa em Damasco para explicar, entre outros aspectos, a posição de Síria nas negociações em Genebra, Suíça.
Ao ampliar o tema de uma possível intervenção terrestre, postura tomada pela Arábia Saudita, o chanceler destacou que ela está baseada na posição dos Estados Unidos para, supostamente, combater ao Estado Islâmico e não apoiar nesse sentido, às legítimas autoridades sírias.
"Por isso sabotaram a proposta de diálogo em Genebra, junto aos regimes da Turquia e do Catar, que fazem o jogo da atitude de ingerência de Washington", enfatizou Al Moaellen.
Os chamados oposicionistas concentrados em Riad, exigiram pré-condições para diálogo, nas quais somente devem participar os sírios sem intervenções oportunistas, denunciou.
Pedimos ao enviado especial das Nações Unidas na Síria, Staffan de Mistura, uma lista dos nomes de quem dialogaria com o governo sírio porque "não queremos falar com fantasmas," pontuou.
"Por isso, em essência, não teve nenhum diálogo em Genebra", disse Al Moallen, acrescentando que a Síria demonstrou ali sua fé no diálogo inter-sírio e no futuro e que as posições contrárias são o resultado dos sucessos do Exército de seu país no campo de batalha.
No encontro, respondeu a perguntas sobre a Rússia, dizendo que seu país agradece o apoio na luta contra o terrorismo, em particular sobre a situação na fronteira com a Turquia e a Jordânia.
Não se pode falar de cessar fogo até que a Síria controle o que sucede nessas zonas, realçou em recentes declarações a respeito do chanceler russo, Serguei Lavrov.
Quanto a Jordânia, ele respondeu que terroristas e armas continuam cruzando a fronteira somente em direção a terra síria porque ao contrário, os eliminam, segundo se demonstrou nos últimos dias.
O chefe da diplomacia síria reiterou que seu governo crê que a solução política é a única saída da crise, e reiterou que as operações militares não estão vinculadas com o curso político.
"Ninguém conseguirá nos impedir de limpar nosso território dos terroristas", realçou por último Al Moallen.
Fonte: Prensa Latina