Luta por Mosul: Iraque abre dois centros para liberar a província
O comando militar iraquiano inaugurou dois novos centros de coordenação antes da operação para libertar a província de Nínive, no norte do país, dos terroristas do Daesh, disse à Sputnik o porta-voz do alinhamento militar conjunto do Iraque em entrevista.
Publicado 08/02/2016 14:58
Mosul, capital da província de Nínive e segunda maior cidade do país, está sob controle do Daesh desde junho de 2014.
Em janeiro, o ministro da Defesa iraquiano, Khaled Obaidi, disse que a batalha por Mosul continuaria em 2016 e se tornaria a principal operação na luta contra o Daesh.
"Um centro conjunto, que inclui oficiais do exército iraquiano, bem como representantes da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, foi inaugurado em Erbil na região do Curdistão [do Iraque]. A sua finalidade será a coordenação da luta contra o terrorismo e coordenação em Nínive após o início da operação nesta zona", disse o general de brigada Yahya Rasul.
De acordo com Rasul, foi organizado outro centro de comando para a liberação de Nínive perto da cidade de Makhmur, na província de Erbil.
O porta-voz adicionou que o pessoal de serviço estará pronto a iniciar os trabalhos assim que ele for equipado.
Comentando a intervenção das tropas turcas ao Iraque, o general destacou que uma parte do exército já regressou à Turquia e que a resolução da questão se realiza por via diplomática.
“As forças militares e milícias populares são capazes de liberar pelas suas próprias forças a terra iraquiana do Daesh e não há necessidade de introduzir militares turcos ou quaisquer outros”, afirmou o general.
Em dezembro de 2015 as relações entre Iraque e Turquia foram abaladas por um incidente: militares turcos entraram sem permissão na região de Bashiqua, na província de Nínive, sob o pretexto de preparar grupos armados que combatem o Daesh. Na altura, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Defesa do Iraque classificaram a presença dos militares turcos em seu território como uma "ação hostil" não acordada com as autoridades iraquianas e denunciaram a violação da soberania do país.
Fonte: Sputnik