Vinte detidos em marcha contra imigrantes no norte da França 

Na marcha, convocada pelo movimento islamofóbico Pegida, participaram 150 pessoas que portavam cartazes com mensagens como "Fora imigrantes" ou "Estamos em nossa casa", de acordo com meios locais de imprensa.

Depois de vários apelos para que se dispersassem, as forças de segurança lançaram gases lacrimogêneos para disperçar a concentração.

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, anunciou em 3 de fevereiro a proibição de todas as manifestações que possam provocar alterações de ordem pública em Calais.

Cazeneuve disse que a situação, que durará enquanto se mantenha o clima atual no lugar, abarca a todos os grupos que incitam a tensão, a divisão e a violência.

Aproximadamente cinco mil refugiados vivem em condições precárias num acampamento no entorno de Calais, tentando chegar a solo britânico pelo Eurotúnel.

Segundo um relatório da Universidade britânica de Birmingham, respaldado por outras instituições, a chamada selva de Calais encontra-se numa situação de crise humanitária.

O assentamento no entorno da localidade onde convergem imigrantes de países como Afeganistão, Síria, Eritréia, Etiópia e Iraque está sem as mínimas condições de qualquer acampamento de refugiados, continuou.

Uma das causas da explosão demográfica é o incremento no número de estrangeiros que solicitam asilo que chegaram à Europa nos últimos meses, em momentos de agravamento da crise migratória no denominado velho continente e de ausência de medidas efetivas para a enfrentá-lo.

Várias pessoas morreram desde 26 de junho tentando chegar ao destino. Alguns deles perderam a vida atropelados por trens de cargas ou veículos nas instalações do Eurotúnel ou em suas imediações.

Registam-se frequentes confrontos entre os migrantes e as forças da ordem, ao mesmo tempo que continuam as tentativas de ingressar nesses regiões, mesmo com o incremento de efetivos no lugar e das mortes ocorridas, o que evidencia o desespero dos imigrantes.

Fonte: Prensa Latina