Direita tenta recriar as “guarimbas” na Venezuela
O ano de 2014 foi marcado por manifestações turbulentas promovidas pela oposição venezuelana que ficaram conhecidas como “guarimbas”. Esses episódios resultaram em mortos e feridos graves. Na tarde desta quinta-feira (4) um grupo de jovens da Universidade Católica de Táchira (Ucat) tentou reativar as mobilizações violentas que já provaram levar o país à beira do caos.
Publicado 05/02/2016 11:02
O governador de Táchira, José Vielma Mora, afirmou ao canal estatal da Venezuela (VTV) que a manifestação reuniu cerca de 15 estudantes que usavam máscaras e “promoveram a desordem e deixaram quatro policiais feridos”.
Segundo Mora, a polícia prendeu um adolescente de 15 anos que confessou ter recebido dinheiro e uma camiseta da Ucat para “criar confusão e gerar guarimbas”. São chamadas de “guarimbas” as barricadas feitas pelos manifestantes para bloquear as vias.
Mora denunciou ainda que dentro da universidade há armas grandes e pequenas e arame farpado: “um arsenal para criar caos e confusão”. Os manifestantes capturaram e agrediram um repórter cinematográfico.
Qual o objetivo das guarimbas?
Para o governador, os estudantes começaram as manifestações violentas com intuito de criar pânico e instabilidade à gestão de Nicolás Maduro. “Eles começam com manifestações pacíficas e logo vão esquentando o clima e fecham as ruas com lixo e guarimbas”, explicou.
Mora acredita que estes jovens estão diretamente ligados aos grupos de extrema-direita do país e querem inflamar o discurso da opinião públicas para desestabilizar o governo que passa atualmente por uma crise econômica aguda.