Jaques Wagner diz que governo tem base para aprovar recriação da CPMF
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse nesta terça-feira (2) acreditar que o governo conseguirá aprovar a proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A aprovação do tributo foi um dos temas da mensagem com as prioridades do Executivo na abertura dos trabalhos legislativos deste ano.
Publicado 03/02/2016 10:09
Questionado se o governo teria condições de aprovar a nova CPMF, Wagner afirmou que, apesar do discurso da oposição, a base do governo é maior.
“A gente sabe que tem oposição, mas nossa base é maior”, acrescentou. “Vão aprovar. Minha posição é essa.”
Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, o retorno da CPMF é necessário para financiar as atividades do Estado e reequilibrar a economia. Segundo Monteiro, a estabilidade fiscal é pré-condição para recuperação da economia brasileira.
“Nenhum país pode apostar no processo recessivo de maneira prolongada. O que se busca é reequilibrar a economia para o país voltar a crescer. Diante disso, se identifica como alternativa viável no curto prazo, mas isto está posto para discussão e decisão no Congresso Nacional”, acrescentou Monteiro.
De acordo com o ministro, diante do cenário de desequilíbrio fiscal é preciso encontrar soluções, “ainda que sejam onerosas”, mas que representem o menor custo social possível.
Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o Congresso vai avaliar as propostas de Dilma e ele acreditar que as respostas serão satisfatórias. “Acredito que teremos uma resposta muito satisfatória do Congresso Nacional em relação as propostas colocadas pela presidenta.”
Para Cardozo, ao levar pessoalmente a mensagem ao Congresso Dilma demonstrou disposição para o diálogo. Ele criticou a oposição que tentou puxar uma vaia, afirmando que não estão prontos para o diálogo.
“Foi um gesto importante [da presidenta] e muito bem recebido pela grande maioria do Congresso Nacional. Existem pessoas que querem o quanto pior, melhor. Elas preferem se manifestar contra tudo, sem buscar alternativas. No fundo, os brasileiros preferem que busquemos nossas convergências e não que caiamos num espaço de disputa permanente sem que nada se faça”, concluiu.