Campanha da direita boliviana é financiada pelos EUA, denuncia Linera
O vice-presdiente Álvaro García Linera afirmou que a Bolívia está preparada para encarar as campanhas da oposição destinadas a atacar as conquistas alcançadas nos últimos anos pelo governo de Evo Morales e deixou claro que estas investidas da extrema direita são financiadas pelos Estados Unidos.
Publicado 12/01/2016 09:48
“Eu considero que o atraso político da esquerda na Venezuela e na Argentina não vai influenciar no referendo porque, diferente destas nações, a Bolívia tem outros posicionamentos em temas que nos fortalecem diante da oposição”, disse.
O referendo para decidir se Evo Morales e Linera poderão se candidatar pela quarta vez em 2019 acontece no próximo dia 21 de fevereiro. Organizações sociais da Bolívia já estão inscritas no processo de defesa do Sim e do Não e todas terão o mesmo espaço publicitário para defender suas opiniões.
Linera explica que todos os países têm suas características e isso pode influenciar apenas no estado de ânimo da oposição, mas não em sua inteligência, muito menos na consolidação de um processo real de mudança. “Eles [a oposição] se veem impotentes diante da fortaleza da revolução democrática e cultura do nosso governo, e como não podem ganhar aqui vão à Venezuela e à Argentina para festejar”, afirmou em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11), no Palácio do Governo.
O dirigente não titubeia ao afirmar que a oposição na Bolívia, assim como nos outros países latino-americanos, é financiada pelos Estados Unidos. “Temos informações que autoridades bolivianas viajam aos Estados Unidos, e não para fazer turismo, mas sim para se reunir com membros do Departamento de Estado que financiam suas ações”, denunciou.
Segundo o vice-presidente, a campanhas que defende o “Não” no referendo não é uma iniciativa popular e quem comanda são os líderes da extrema direita boliviana. No entanto, acredita que estas figuras não sejam páreo diante da liderança de Evo, por só o presidente realmente “mobiliza as massas”.