Movimento define 16 de dezembro como dia de luta contra o impeachment
A agenda foi fechada em reunião, realizada na noite desta segunda (7) em São Paulo, que reuniu integrantes da Frente Brasil Popular. Os atos acontecerão em todo o Brasil organizados pelos diversos segmentos do movimento social. Os esforços serão concentrados nas manifestações do estado de São Paulo e Distrito Federal.
Por Railídia Carvalho
Publicado 07/12/2015 23:57
O ato em São Paulo terá concentração as 17h no Masp, na avenida paulista, e está previsto para se encerrar nas imediações da praça da República. Nos próximos dias as entidades das duas frentes se reunirão em Brasília para definir detalhes do ato no Distrito Federal.
Guilherme Boulos, coordenador Nacional do movimento dos trabalhadores sem teto (MTST), disse que este é um ato necessário pelo agravamento da conjuntura política do país.
“É um campo de unidade de vários movimentos sociais que tem um acordo em ter uma posição neste momento contra o impeachment”, disse Guilherme. Segundo ele o movimento também defende mais dois eixos: O Fora Cunha e contra o ajuste fiscal.
Ele defendeu o fortalecimento do trabalho de base, de conscientização e da mídia popular de esquerda como formas de fazer chegar até o povo as motivações da luta.
“Temos um monopólio midiático no Brasil que mais desinforma do que informa”, afirmou Guilherme. Nesta quarta (9) será realizada uma coletiva de imprensa, no sindicato dos jornalistas de São Paulo, para divulgar o ato do dia 16.
Para Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) a unidade dos movimentos sociais vai ser fundamental para as manifestações de rua. “Enquanto estamos nas ruas os parlamentares progressistas estarão tentando barrar o impeachment no congresso nacional”, ressaltou.
Segundo ela, está claro para o povo que o presidente Eduardo Cunha foi motivado pela chantagem. “Precisamos ter um discurso claro e mostrar para o povo tudo o que podemos perder como o minha casa, minha vida, o bolsa-família, o prouni”, lembrou a presidenta.
O presidente do PCdoB da cidade de São Paul, Jamil Murad, está entusiasmado com a unidade entre os movimentos populares e centrais sindicais em torno da luta pela democracia contra o golpismo.
“Garantida a democracia vai haver uma nova correlação de forças onde os setores populares, democráticos estarão mais fortes e vão impulsionar o governo da presidenta para aquele rumo do desenvolvimento, distribuição de renda, direitos sociais, que é o rumo que nós queremos”, avaliou Jamil.