Angela: “Vamos continuar lutando por democracia no governo Alckmin”
Após um mês de ocupações em mais de 200 colégios, contra o plano de reorganização escolar do governo do estado, que pretendia fechar 93 escolas, os estudantes obtiveram uma conquista. Alckmin recuou e declarou na última sexta-feira (4), que não fecharia as escolas em 2016 e que buscaria o diálogo como saída. Outra ação considerada positiva pelos movimentos sociais foi a queda do secretário da Educação Herman Voorwald, que se negava a estabelecer contato com a comunidade escolar.
Publicado 07/12/2015 13:57
Ao Portal Vermelho, a presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Angela Meyer, aponta quais são os próximos passos a serem dados contra o desmonte educacional promovido pelas gestões tucanas há 20 anos.
Angela diz que a luta prossegue e que a pressão continuará ocorrendo, pautando sempre uma tentativa de diálogo. “Alckmin está sentido as consequências de governar com truculência e não dialogar com a população. Vamos continuar cobrando a democracia que não existe em seu governo, que ele dialogue com os movimentos sociais e com a comunidade escolar. Temos muitas propostas para avançar na pauta educacional, como, por exemplo, no que diz respeito à gestão democrática das escolas e reformulação do currículo escolar”, avalia.
Luta e apoio
Durante todo o período da movimentação nas escolas, a Upes e a Ubes realizaram três assembleias com mais de 50 escolas ocupadas, além disso, prestaram assessoria jurídica aos estudantes e promoveram uma campanha de doação para recolher alimentos aos ocupados, atingindo a arrecadação de 2.000 litros de leite e 5.000 quilos de alimentos não perecíveis.