Sobre o machismo que permeia o Congresso Nacional

O impeachment assinado pelo Presidente da Câmara dos Deputados neste inicio de dezembro de 2015 foi além de um golpe partidário, um golpe contra a democracia brasileira, um golpe contra o povo brasileiro e contra todas as conquistas de direitos que os trabalhadores desse país alcançaram desde a promulgação da Constituição de 1988 até o ano de 2014.

Por Fátima Teles*, para o Vermelho

Congresso Nacional - Reprodução

O ano de 2015 abriu-se em luta e fecha-se em conflito e tentativa de golpe contra a presidenta Dilma, eleita pela vontade popular, democraticamente.

A bancada congressista é a mais conservadora de todos esses tempos, de 20 anos para cá. Um Congresso e um Senado misógino e fundamentalista que de forma sintomática adoece as mentes da nação, entre elas a juventude, que com deficiências ideológicas terminam cultuando apenas o que veem através da mídia golpista.

A luta inquisidora de forçarem a saída da presidenta Dilma na verdade também é uma questão de misoginia e machismo. Eles não toleram as mulheres que ali estão, no Congresso. Já perceberam? Eles tentam rebaixá-las a todo momento. Lembrem o que o " Bolsonero" fez com a deputada Maria do Rosário.

Muitos políticos machistas veem as mulheres como objeto sexual e é muito comum nesse meio os velhos jogos de interesses. Porém, quando muitos não veem aquilo que querem ou não veem possibilidade de terem mulheres a sua disposição, então eles passam a persegui-las.

Grande parte deste ódio é porque a presidenta não representa uma figura que os homens aplaudem. Se ela representasse essa figura não haveria impeachment, haveria mão na cabeça.No entanto, ela é séria, técnica e não é de muita conversa.

Sinto muito, senhores machistas, vocês não passarão.

Não vai ter golpe!