Dilma reúne Temer e ministros para definir contraofensiva ao golpismo
Nesta quinta-feira (3), a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), e os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; da Justiça, José Eduardo Cardozo; e a da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, para tratar da reação contra o acolhimento de abertura do pedido de impeachment feito pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Publicado 03/12/2015 14:35
- Foto: ABr
Ainda nesta quinta, líderes de partidos da base aliada na Câmara vão se reunir no Palácio do Planalto com Berzoini. O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), disse que o partido vai atuar “de acordo com a Constituição”.
"Não podemos, nós, o Congresso, e a sociedade brasileira não vai permitir, que nasça uma crise institucional. O momento é de muito equilíbrio, harmonia, para que a gente possa respeitar a Constituição e que a gente tenha a tranquilidade de fazer o nosso trabalho sem nenhuma influência que não seja o absoluto respeito à Constituição”, disse o líder ao chegar ao Planalto.
O PSD poderá indicar quatro deputados para a Comissão Especial que vai analisar o processo de impeachment. A comissão terá 66 parlamentares, com representação de todos os partidos, e será instalada na próxima segunda-feira (7).
Na quarta (2), após o anúncio de Cunha, Dilma fez um pronunciamento rápido em que disse ter recebido a notícia com indignação. Segundo a presidenta, as acusações contra ela são “inconsequentes e inconsistentes”, motivadas por ataques pessoais. “Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior. Nunca coagi e nem tentei coagir instituições em busca de satisfazer os meus interesses”, afirmou.