Golpistas acampados em frente ao Congresso são retirados pela polícia
Cerca de 15 barracas do grupo de golpistas foram devidamente retiradas do gramado em frente ao Congresso Nacional, pela Polícia Legislativa. A polícia responsável pela segurança do Congresso tentou negociar com os acampados, mas, como não teve sucesso, retirou barracas e faixas, dispersando o grupo neste sábado (21).
Publicado 22/11/2015 11:53
O grupo foi obrigado a se retirar depois que, na semana passada, atacou integrantes da Marcha das Mulheres Negras. Um policial civil acampado com os manifestantes disparou quatro tiros para o alto e depois foi preso pela polícia.
Diante da evidente ameaça, dezenas de parlamentares exigiram da presidência da Câmara dos Deputados e do Senado a retirada do grupo. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que autorizou o acampamento, insistia em mantê-los, mesmo com a posição contrária de Renan Calheiros, presidente do Senado. Após o incidente, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, reuniu-se com os dois presidentes e acertou um prazo até este sábado, para que os acampados deixassem a Esplanada dos Ministérios.
Mais cedo alguns integrantes do acampamento pró-intervenção ainda resistiam à desocupação e diziam que só iriam embora mediante a apresentação de um documento oficial determinando a retirada. Sem sucesso.
Percebendo que não adiantava mais insistir, o grupo mudou o discurso dizendo que deixaria o gramado mas permaneceria “mobilizado”. Eles cantaram o Hino Nacional e gritaram palavras de ordem como “Pátria, Família e Deus”.
O escritor Felipe Porto, 55 anos, prometeu novas ações. “Estamos prontos para fazer novos acampamentos, inclusive em frente à casa do governador”, disse, vestido com roupa de camuflagem e usando um broche em homenagem ao Exército.