Acnur nega que ação russa na Síria tenha piorado crise dos refugiados
A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Melissa Fleming, negou nesta terça-feira (17) as recentes notícias de que os ataques da Rússia contra o Estado Islâmico na Síria estejam piorando a crise dos refugiados.
Publicado 17/11/2015 13:25

“Há algum deslocamento interno. Mas não temos quaisquer indicações de pessoas fugindo diretamente sobre as fronteiras como resultado dos bombardeios”, afirmou Fleming, salientando a dificuldade de nomear a causa exata do deslocamento.
Ela afirmou que, há duas semanas, eram 30 mil os deslocados internos sírios e destacou que os números atualizados ainda não foram disponibilizados. Fleming acrescentou que não existem indícios de que um maior número de refugiados deixou a Síria na sequência da campanha aérea antiterror da Rússia lançada em 30 de setembro.
Aviões de guerra russos começaram a realizar ataques contra Estado Islâmico e outros grupos terroristas na Síria a pedido do presidente do país, Bashar Assad, Desde o início da campanha, as Forças Aeroespaciais da Rússia fizeram cerca de 1.800 investidas, destruindo aproximadamente 2.700 alvos, de acordo com o Estado-Maior. Várias centenas de militantes foram mortos e dezenas de centros de comando e depósitos destruídos.