Áustria construirá muro na fronteira com a Eslovênia

Segundo o diretor geral de Segurança Pública, Konrad Kogle, a estrutura será de liga metálica e pode ser reforçada com arame em situações de emergência.

No final de agosto, a Áustria anunciou a intensificação da vigilância em zonas limítrofes, depois da descoberta de 71 imigrantes mortos em um caminhão abandonado no estado de Burgenland, perto da fronteira com a Hungria.

Na quinta-feira (12), as autoridades deste país detiveram 17 pessoas acusadas de tráfico de pessoas, os quais acredita-se que transportaram cerca de 1.800 imigrantes da Sérvia para território austríaco em sete meses.

Por sua vez, o Alto Comissionado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) alertou sobre a morte de 3.460 imigrantes no mar Mediterrâneo este ano e sobre a gravidade da situação nas ilhas gregas, sobretudo, em Lesbos.

De acordo com esse organismo, cerca de 3.300 imigrantes chegam a Lesbos por dia, onde a capacidade de recepção é mínima.

Atualmente, há cerca de 16 mil refugiados na ilha e só 2.800 vagas nos centros de acolhimento, o que obriga mulheres, crianças e recém-nascidos a dormir desprotegidos, alertou a Acnur.

Por sua vez, o primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, criticou a posição de países como República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Polônia e Romênia que se negam a participar de um mecanismo para a redistribuição dos imigrantes.

Além disso, expressou sua preocupação pelo estado do bloco comunitário e seu futuro se os 28 não conseguirem chegar a um acordo sobre como enfrentar a situação atual.

A crise de refugiados é o último elemento de uma tempestade perfeita para a cooperação europeia, um projeto que muitos consideram indestrutível, mas não o é, afirmou.