Jô homenageia mortos da Chacina de Unaí e pede justiça
Ao homenagear os servidores públicos pela semana em que se comemora o dia da categoria, a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) fez, nesta quinta-feira (29) uma referência especial aos quatro funcionários do Ministério do Trabalho assassinados em Minas Gerais, em janeiro de 2004, no crime que ficou conhecido como Chacina de Unaí.
Publicado 29/10/2015 15:09
Jô nominou cada um dos mortos: “Os auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves e o motorista Aílton Pereira de Oliveira”, lembrando que os servidores investigavam denúncias de trabalho escravo nas fazendas da região, quando foram encurralados e assassinados.
Jô Moraes destacou que “o crime chocou o Brasil e o mundo pela violência, pelo modus operandi: homens contratados para matar. Agrediu a consciência do trabalho e da democracia”.
Nesta semana, depois de vários adiamentos, os acusados de mandantes e intermediários da Chacina de Unaí estão sendo julgados pela Justiça Federal de Minas Gerais. A parlamentar apelou para que a justiça finalmente seja feita.
“Em nome dos servidores do Estado Brasileiro assassinados, em nome de seus familiares; em nome dos brasileiros que acreditam no Poder Judiciário, me junto aos auditores fiscais do Trabalho no apelo para que o justiça seja feita, para que os criminosos – não só os que apertaram o gatilho –, mas os mandantes e intermediários sejam exemplarmente punidos.”
Segundo a deputada, “O Brasil do século 21 não aceita a impunidade, a barbárie, o poder do dinheiro definindo quem deve viver e quem tem de ser abatido.”
Começou na terça-feira (27), em Belo Horizonte, a primeira sessão de julgamento de réus da chacina de Unaí, noroeste de Minas Gerais, ocorrida em 2004. Estão sendo julgados o fazendeiro Norberto Mânica, acusado de ser mandante, e o empresário José Alberto de Castro, apontado como intermediário na contratação de pistoleiros. A previsão é de que a sessão vá até quinta (29) ou sexta-feira (30). Outros dois réus serão julgados em novembro.