Damous: Oposição quer transformar a Câmara num tribunal de exceção
Em entrevista publicada no site da deputada e líder do PCdoB da Câmara, Jandira Feghali (RJ), o deputado e jurista Wadih Damous (PT-RJ) destaca a importância das liminares do Supremo Tribunal Federal que barraram o “rito do impeachment” e salienta o caráter da presidenta Dilma Rousseff.
Publicado 19/10/2015 11:59
“Uma mulher honesta, não tem conta na Suíça, não tem conta em Lichtenstein, nunca apareceu algemada saindo de prefeituras. Não responde a ação penal e não há a prática por parte da presidenta de qualquer dos crimes de responsabilidade tipificado de lei”, enfatizou o parlamentar.
Segundo ele, a manobra do “rito do impeachment” foi resultado de um plano tirado da cabeça de Cunha e que, combinado com o DEM, se tratava de “um instrumento a serviço do golpe”.
“O que o Eduardo Cunha fez respondendo uma questão de ordem do DEM, aliás combinado com o DEM, foi criar um rito da cabeça dele. Por isso nós fomos ao Supremo Tribunal Federal para barrar essa inconstitucionalidade, que na verdade era um instrumento a serviço do golpe”, disse o deputado que foi presidente da OAB-RJ.
E acrescentou: “A oposição tornou-se golpista. A oposição está no seu leito natural. Se associando ao banditismo, a grupos desqualificados. Buscando apoio de pseudojuristas, que não têm nenhuma tradição no mundo jurídico, no âmbito de direito, para perpetrar um golpe parlamentar. Para criar, transformar a Câmara dos Deputados num tribunal de exceção. Essa é oposição mais desqualificada que já existiu na história do Brasil”.
Damous fez questão de destacar o discurso feito por Dilma durante congresso da CUT. “Saiu do canto do ringue para, de dedo em riste, democraticamente, dizer que os moralistas sem moral não podem prevalecer, não podem ser vitoriosos.” Ele também manifestou suas críticas quanto à política econômica, afirmando esperar mudanças.