Decisões consideraram o que está na Constituição, diz ministra do STF
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, rebateu as declarações da oposição e as ilações da grande mídia de que a corte tenha interferido no legislativo ao conceder liminares que barraram o rito estabelecido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), para abrir um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Publicado 17/10/2015 11:04
"O Brasil pode ter a mais absoluta segurança de que nós não interferimos em nada que não seja a obrigação de dar cumprimento à Constituição. Tudo que seja dos outros poderes, nós não entramos", disse Cármen Lúcia, nesta sexta-feira (16), durante evento em São Paulo".
As liminares foram concedidas atendendo ações dos parlamentares Rubens Júnior (PCdoB-MA), Wadith Domus (PT-RJ) e Paulo Teixeira (PT-SP), todas pedindo a interrupção do andamento dos processos com base no rito definido por Cunha.
"As decisões foram tomadas pelos ministros considerando o que está na Constituição e o que foi posto em julgamento", afirmou a ministra.
Ela também disse que é preciso "prestar atenção ao Brasil que temos e o Brasil que queremos". "Eu vejo muita raiva ao invés de discussões, vejo reclamações ao invés de reivindicações. É o momento em que temos que ter clareza do que queremos e de como fazer para conseguir o que queremos", observou. "Tenho para mim que as dificuldades do Brasil de hoje, que são muitas, e que fazem nós estarmos num Estado Democrático de Direito, mas em sofrimento, serão uma oportunidade de todos nós nos unirmos", acrescentou.