Belarus reelege Lukachenko para presidência do país
O presidente de Belarus, Alixander Lukachenko, foi reeleito no dia 11 de outubro para seu quinto mandato, com mais de 83% dos votos e em uma eleição cujos candidatos apoiados pelo Ocidente obtiveram resultados irrisórios. Sua concorrente mais próxima, Tatiana Nikolaievna Korotkievitch, obteve 4,43% enquanto a oposição pregava o boicote ao pleito.
Publicado 15/10/2015 16:44
Mais de 80% dos belarussos compareceram às urnas para reconduzir Lukachenko ao poder. Um ex-diretor administrativo de fazendas coletivas (colcóses), tornou-se conhecido com o fim da União Soviética e acabou concorrendo ao cargo em 1994, quando derrotou os candidatos apoiados pelo governo dos Estados Unidos. Pouco mais de 385,773 eleitores escolheram a opção na cédula "Nenhum dos candidatos", enquanto 48,7 mil invalidaram o voto.
O governo de Lukachenko é destacado pela estabilidade política e criticado no Ocidente por "não ser democrático". Epíteto que os Estados Unidos e seus satélites aplicam a governos que não seguem seus ditames. Desde então, o país teve de suportar pressões e sanções, aplicadas tanto pela União Europeia quanto pelos Estados Unidos, a fim de forçar a mudança de poder. Foi tentada uma revolução colorida, sem sucesso, em meados dos anos 2000, em seguida ao golpe de Estado praticado na época na Ucrânia, com a "revolução" laranja.
Para afligir ainda mais a administração americana, Lukachenko estreitou laços com Moscou a partir da primeira eleição de Putin. Ele é bastante popular no país, que não sofreu a desintegração econômica brutal que as ex-repúblicas soviéticas sofreram porque estancou a desindustrialização e a interferência estrangeira sobre a economia belarussa.
Cerca de 1,6 mil membros do Partido Comunista de Belarus (PCB) participaram como observadores da eleição, junto com observadores internacionais e afirmaram que o pleito foi organizado e realizado de acordo com a legislação do país.
Em uma declaração oficial o partido afirma que "Alixandr Lukachenko venceu com ampla maioria de votos. Os cidadãos belarussos votaram pelo seu futuro, progresso social, estabilidade e paz, além do bem-estar social e de suas famílias".
O Comitê Central do PCB também sublinhou que a eleição, mais uma vez, "demonstrou à comunidade internacional que o povo belarusso é composto de cidadãos ativos, conscientes de suas responsabilidades pelo futuro do país e comprometidos com os princípios da democracia".