Aldo destaca papel das Forças Armadas na preservação da democracia

Em cerimônia no Clube Naval, em Brasília, nesta quinta-feira (8), foi realizada a transmissão de cargo de Jaques Wagner para Aldo Rebelo como ministro da Defesa.

Aldo transmissão de cargo ministério da Defesa - Agência Brasil

No discurso, Aldo destacou a “crise de valores” que atinge o país e pediu respeito à disciplina e à hierarquia. “O Brasil e o mundo se deparam hoje, e todos nós percebemos isso, com uma crise de valores, a exacerbação do individualismo da sociedade de consumo e o desconhecimento da autoridade, da disciplina e da hierarquia”, enfatizou o ministro.

E acrescentou: “Quando o mundo marcha em extremismos de individualismo, a sociedade precisa procurar e recuperar os valores mais profundos da sua construção. Não se constrói uma sociedade sem disciplina, hierarquia, sem solidariedade e sem o espírito de camaradagem, comum nas instituições militares”.

Em referência à crise política do país, Aldo salientou que as Forças Armadas devem responder aos “desafios geopolíticos”.

“A sociedade precisa de coesão, disciplina e hierarquia. Precisa ser forte, sem que isso signifique a negação da democracia, das disputas naturais entre os partidos, entre grupos políticos. Essas disputas não podem sufocar o interesse nacional”, frisou.

Reforçou o importante papel que têm as Forças Armadas na preservação dos valores democráticos e na “preservação das instituições”.

“O que nós precisamos é que o Brasil tenha Forças Armadas que tenham esses valores [democráticos], mas é necessário que as Forças Armadas pertençam ao país e também preservem esses valores nas demais instituições. Este é o nosso desafio”, asseverou.

Balanço

Ao entregar o cargo para Aldo Rebelo, Jaques Wagner, que assumiu a Casa Civil, fez um balanço da sua gestão. Ele destacou que em todas as grandes democracias do mundo a política de defesa é executada por civis e militares “de maneira conjunta”.

Ele afirmou que a Defesa tem passado por “progressivas etapas de amadurecimento”. “Estou certo que a síntese do relacionamento civil-militar trata progressivamente de contribuições, cada vez melhores, para o Brasil e a modernização normativa do ministério guarda a maior interface com os mecanismos da democracia participativa em nosso país”, afirmou.

E concluiu: “Deixo o Ministério da Defesa como um bom soldado, daqueles que não se negam a cumprir uma missão”.