Especialista em murchar golpismo, UJS esvazia inflável em Brasília
A União da Juventude Socialista está se tornando especialista em murchar bonecos dos golpistas. Isso porque em mais uma contraofensiva da aguerrida juventude, o boneco inflável com a imagem da presidenta Dilma Rousseff, que estava montado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi desinflado nesta quarta-feira (30). No mês passado, a UJS deu cabo do boneco que remetia à imagem do ex-presidente Lula, o mais bem avaliado da história do Brasil.
Por Dayane Santos
Publicado 30/09/2015 17:51
“Essa é uma contraofensiva a uma atitude fascista de setores da direita conservadora. Um ato calunioso, justamente na Praça dos Três Poderes, que representa o Estado Democrático de Direito, e eles faltam com a verdade”, disse Renan Alencar, presidente da UJS, em entrevista ao Portal Vermelho.
Ele avisa: “A nossa militância e outros setores estão de prontidão. Onde houver ações como essa de calúnia, mentira e intolerância haverá resistência”.
Os jovens estudantes avistaram o boneco que estava cercado por seguranças e instalado em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Esperamos o momento certo para não gerar confusão. Num momento de distração dos seguranças, fui até o boneco, fiz um furo e saí”, conta uma jovem que não quis se identificar.
“Só queremos respeito à democracia e à presidenta Dilma. Acho que o direito de manifestações tem limite. Não podemos admitir essa violação à democracia que conquistamos a duras penas. O debate se faz de forma justa, não com xingamento e calúnia”, completa ela.
Produzido nos mesmos moldes do boneco inflável com a imagem de Lula, a versão da presidenta tem cerca de 12 metros e 300 quilos, custando nada menos que R$ 12 mil.
Para Renan, os grupos que financiam esses bonecos são os mesmos setores que não se conformam com a derrota que sofreram nas urnas em 2014.
“É a primeira vez que um mesmo projeto de governo vence as eleições com mandato de 16 anos. Portanto, não foi a diferença de três milhões de votos nas urnas, mas o fato de não aceitarem a vitória acachapante do campo que implantou esse projeto”, disse Renan.
Ele disse ainda que o debate de ideias deu lugar à intolerância política e de pensamento. Segundo ele, esses setores têm buscado o caminho da injúria e da calúnia para insuflar o discurso intolerante e violento.
“Esse tipo de violência dos setores conservadores não é uma particularidade da política no Brasil. Infelizmente, assistimos situações como essa em diversos países do mundo. A intolerância política e de pensamento acontece também na crise dos imigrantes. Tem conexão com a violência nas comunidades nas periferias, na xenofobia, homofobia e no preconceito racial. É na verdade uma crise do sistema capitalista”, argumentou Renan.
E completa: “Precisamos denunciar quem gerou essa crise. E não foram os imigrantes, muito menos a população mais pobre no Brasil. A culpa dessa crise é do capitalismo”.