Corregedorias investigam coordenador de presídios de Alckmin
As corregedorias do estado de São Paulo e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) decidiram investigar o tucano Hugo Berni, coordenador de presídios no estado de São Paulo, que conseguiu acumular um patrimônio milionário em dois anos.
Publicado 30/09/2015 10:28
A decisão de investigar acontece após ampla cobertura da grande mídia que apontou suspeita de enriquecimento ilícito do responsável por coordenar 28 unidades prisionais.
As suspeitas parecem ter fundamento. Isso porque o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) tratou logo de lavar as mãos para tentar se descolar do seu coorenador de presídios. “Se ficar comprovado que houve qualquer desvio, é punição exemplar. Serviço público, o nome já diz, é para servir as pessoas, não é para enriquecimento pessoal”, disse.
Alckmin também disse ter solicitado uma avaliação ao secretário de governo, Saulo de Castro, sobre a possibilidade do afastamento de Berni Neto das suas funções. “Já pedi ao dr. Saulo que verifique, já está chamando o secretário da Administração Penitenciária [Lourival Gomes] para verificar a maneira de fazer. Se ficar comprovado, ele responde criminalmente, vai ser preso, responde civilmente e vai devolver o dinheiro. É isso que tem que fazer”, completou.
Com um salário de R$ 18 mil, Berni elevou rapidamente seu patrimônio nos últimos dois anos, após se associar à irmã em uma pequena empresa imobiliária, a Midas Empreendimentos.
Mas as suspeitas vão além da sociedade. Berni também está sendo investigado pela Promotoria do Patrimônio em razão da suspeita de superfaturamento em uma licitação que foi autorizada pelo coordenador da secretaria.