Preços estratosféricos fazem americano procurar medicina cubana
Com a diminuição do número de proibições a americanos de viajarem para Cuba, milhares deles vislumbram a possibilidade de se tratarem na Ilha, lugar onde a medicina é gratuita e de alta qualidade.
Publicado 22/09/2015 16:58
Recentemente, a administração Barack Obama liberou os estadunidenses para visitas a familiares, viagens acadêmicas, apresentações públicas e atividades religiosas. Todas essas atividades eram proibidas até a reaproximação entre as duas nações.
Embora viagens por tratamento médico ainda não sejam permitidas, Obama eliminou uma proibição que exigia que norte-americanos viajassem com grupos autorizados.
O jornal americano The New York Times conta esta semana, sem disfarçar contentamento, que americanos montaram empresas de saúde para levarem cidadãos de seu país a Cuba, onde receberão melhores cuidados. O interessante da nota é que o jornal destaca que Cuba "ganhou na loteria" com a possibilidade de ganhar dinheiro nesta área. Entretanto, não repercute qual é a sensação dos americanos em receberem serviços médicos e medicamentos baratos e de alta qualidade, praticamente inexistentes nos EUA.
Cuba transformou a medicina em uma prioridade após a Revolução. Fornece tratamentos de qualidade e praticamente gratuitos para toda a população. Milhares de pessoas vão ao país todos os anos para fazer o que ficou conhecido como turismo médico: viagens internacionais para fazer cirurgias e tratamentos, com frequência porque são mais baratos ou porque não existem no país onde vivem ou, no caso dos americanos, porque não têm plano de saúde universal e gratuito como no caso de Reino Unido, França e Brasil.
Uma porta-voz do Ministério da Fazenda dos EUA afirmou que quem deseja ir a Cuba por razões que não estão incluídas na lista de atividades liberadas pode pedir uma permissão do governo, conhecida como licença especial, e que esses pedidos são avaliados caso a caso.
Contudo, a porta-voz afirmou que todos os norte-americanos que viajam a Cuba são obrigados a manter os dados de suas viagens por cinco anos, podendo ser obrigados a provar que sua viagem respeitou as proibições.