Governadores do PSB se posicionam contra afastamento de Dilma
Os três governadores do PSB – Paulo Câmara (PE), Rodrigo Rollemberg (DF) e Ricardo Coutinho (PB) – se posicionaram nesta terça (22) contra um impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Embora parte expressiva das bancadas do partido na Câmara e no Senado esteja a favor de ir para a oposição, os governadores pensam diferente. Querem debater mais o assunto e acreditam que o partido deve permanecer independente.
Publicado 22/09/2015 21:07
Com a presença dos governadores, as bancadas do PSB se reuniram nesta terça, em Brasília, para debater a postura em relação às medidas econômicas anunciadas pelo governo federal. A opinião dos participantes do encontro será levada para deliberação da executiva nacional do PSB, na próxima semana.
“Há uma tendência bastante forte de que, se o impeachment chegar ao plenário da Câmara, ele será aprovado também pela nossa bancada”, afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira. Segundo ele, a maioria da bancada também se colocou contra a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), proposta pelo governo com o objetivo de equilibrar as contas públicas.
Ao Vermelho, o ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, militante histórico da sigla, disse que não quer acreditar que o partido assumirá uma papel de oposição, favorável ao afastamento da presidenta. Segundo ele, uma decisão nesse sentido seria “desastrosa”. “E seria incoerente. Aliás, seria coerente com a atual direção partidária, mas incoerente com a história do partido”, afirmou.
“Eu não quero admitir isso, não quero crer nessa hipótese. O que conheço das duas bancadas é uma maioria progressista, não creio que possam adotar uma posição politicamente errada, que seria um pré-apoio a um pedido de impeachment, que sabemos não ter base nem política nem constitucional”, disse Amaral, que é cientista político e ex-ministro da Ciência e Tecnologia.