Dilma: O pessoal do “quanto pior, melhor” tenta produzir instabilidade

“O governo está atento às tentativas de desestabilização do país e tomará as medidas que forem necessárias para impedir isso”, afirmou a presidenta Dilma Rousseff nesta terça-feira (15) em entrevista a jornalistas após cerimônia da 28º edição do Prêmio Jovem Cientista.

Dilma Rousseff entre de prêmio Jovem Cientista - Agência Brasil

“O governo está atento a todas as tentativas de produzir uma espécie de instabilidade profunda no país. O pessoal do ‘quanto pior, melhor’. Esse pessoal, só eles ganham. A população e o resto dos setores produtivos, de trabalhadores, cientistas, perdem. Nós não vamos em momento algum concordar ou faremos tudo para impedir que processos não democráticos cresçam e se fortaleçam.”

Dilma ressaltou que a conquista da democracia pelo país se deu a um alto custo e não pode ser ameaçada. “O Brasil, a duras penas, conquistou uma democracia. Eu sei do que eu estou dizendo”, disse.

Ajustes

Respondendo sobre as medidas adicionais de reequilíbrio fiscal, anunciadas na segunda-feira (14), a presidenta disse que elas são fundamentais e que por isso o governo irá se empenhar “bastante” pela aprovação delas pelo Congresso. “Elas são necessárias. É fundamental que saiamos dessa situação de restrição fiscal o mais rápido possível para poder voltar a crescer, para poder gerar os empregos necessários para o país.”

Dilma esclareceu também que a proposta do governo de recriar provisoriamente a CPMF, com alíquota de 0,20%, é para destinação de recursos exclusivamente à Previdência Social. Reafirmou ainda aos jornalistas que, até a próxima quarta-feira (23), o governo vai apresentar a Reforma Administrativa, que envolverá corte no número de ministérios e redução de cargos comissionados, dentre outras medidas. “Posso te assegurar que será uma avaliação muito estrita de tudo que o governo hoje tem na área administrativa.”