Produtores de biodiesel buscam incentivos para o setor 

Representantes da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio) e da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) pediram apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no estímulo à produção dos combustíveis renováveis. A reunião foi acompanhada pelo prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, e pela deputada Luciana Santos, presidenta nacional do PCdoB. 

Produtores de biodiesel buscam incentivos para o setor - Agência Senado

“É uma proposta extremamente positiva que está totalmente inserida na plataforma da Agenda Brasil. Por que ele (presidente Renan Calheiros) trata, na Agenda Brasil, de tecnologia; ele trata, na Agenda Brasil, de fortalecimento do processo industrial nacional e ele trata, na Agenda Brasil, de energias renováveis”, disse Donizete Tokarski, diretor-superintendente da Ubrabio.

O presidente do Senado sugeriu que todas as propostas sobre o biodiesel sejam encaminhadas à Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional (CEDN), criada para tratar da Agenda Brasil, para que sejam analisadas e tenham uma resposta rápida. “O que eu puder fazer para estimular o debate, contem comigo”, afirmou Renan Calheiros.

Os produtores defendem o aumento progressivo da mistura de biodiesel no diesel, atualmente em 7%, e pedem que haja uma previsibilidade que amplie, a cada ano, a porcentagem de biodiesel em 8, 9 e 10%. Segundo os representantes do setor, a indústria já está preparada, em função de ter cerca de 40% da sua capacidade ociosa em todo o território nacional.

“Hoje nós temos aproximadamente 56 indústrias com capacidade autorizada de produção de 7,5 bilhões de litros e, pela demanda, em função da obrigatoriedade de biodiesel, isso atinge, em 2015, 4 bilhões de litros, então nós temos 3,5 bilhões de litros ociosos”, calcula Tokarski.

A reivindicação dos produtores já faz parte da proposta que trata de um marco regulatório para o biodiesel em tramitação na Câmara, que propõe a criação de um novo cronograma de ampliações para a mistura obrigatória de biodiesel. De acordo com o texto, a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel fóssil comercializado no país, passaria para 8% em 1º de janeiro de 2016, 9% em 2017, e 10% a partir de 2018.

A Ubrabio também propõe o uso autorizativo de misturas superiores à obrigatória e sugere o uso no transporte público das cidades com mais de 500 mil habitantes; e a utilização de biodiesel em tratores e máquinas agrícolas.