Metalúrgicos da Ford de Camaçari garantem reajuste salarial de 10%
Com mobilização, pressão e meses de muita negociação, vencendo a crise do setor automotivo nacional, os trabalhadores do Complexo Ford de Camaçari , na Bahia, fecharam acordo que garante reajuste salarial de 10%, Participação nos Lucros de 16.063,66, abono de R$ 3.600,00, além do reajuste no tíquete de 10% e da renovação da redução da jornada de trabalho de 40 horas.
Publicado 22/08/2015 13:18
Aprovado pelos trabalhadores dos três turnos em assembleia, o acordo é considerado histórico diante do cenário atual do setor automotivo. "É um retrato do quanto a luta dos funcionários da Ford tem avançado nos últimos anos. Enquanto montadoras instaladas em São Paulo, por exemplo, demitem, congelam salários e até reduzem benefícios, no Complexo Ford Camaçari é clara a evolução econômica dos trabalhadores, com acordos que garantem estabilidade econômica e a empregabilidade", afirma a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em seu site.
De acordo com a central, desde o ano passado, milhares de trabalhadores de montadoras da região Sudeste e Sul do país foram demitidos ou entraram em processo de lay off (suspensão temporária de contrato).
"Apenas entre janeiro e abril deste ano, cerca de 3,6 mil trabalhadores do setor perderam o emprego", diz a CTB.
“O acordo demonstra nossa força e o quanto os metalúrgicos de Camaçari se tornaram referência para todo o Brasil em termos de luta e conquista” diz Júlio Bonfim, presidente do sindicato da categoria.
E completa: “O reajuste reflete não apenas no salário, mas também nas férias, no 13º salário, FGTS e muito mais. São ganhos muito mais profundos que um simples acordo salarial. É um ganho que se reflete de diversas maneiras no bolso do trabalhador”,