Taxa de desocupação chega a 7,5% no mês de julho
Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (20), a taxa de desocupação no mercado de trabalho brasileiro chegou a 7,5% no mês de julho, resultado 0,6 ponto percentual acima do registrado em junho (6,9%) e 2,6 pontos percentuais a mais em relação a julho de 2014 (4,9%). Essa foi a taxa de desocupação mais elevada para um mês de julho desde 2009 (8%).
Publicado 20/08/2015 18:29
Regionalmente, a taxa de desocupação apurada ao longo do mês na Região Metropolitana de São Paulo subiu de 7,2% para 7,9%. Na avaliação anual, todas as regiões apresentaram variações significativas: Salvador, de 8,9% para 12,3% (+3,4 pp); São Paulo de 4,9% para 7,9% (+3 pontos percentuais – pp); Recife, de 6,6% para 9,2 (+2,6 pp); Rio de Janeiro, de 3,6% para 5,7% (+2,1 pp); Belo Horizonte, de 4,1% para 6,0% (+1,9 pp) e em Porto Alegre, de 4,3% para 5,9% (+1,6 pp).
A população desocupada (1,8 milhão de pessoas) no agregado das seis regiões investigadas cresceu 9,4% (mais 158 mil pessoas) em comparação com junho e subiu 56% (mais 662 mil pessoas em busca de trabalho) em relação a julho de 2014. Na análise regional, em relação a junho último, esse contingente aumentou 10,8% em São Paulo e ficou estável nas demais regiões pesquisadas. No confronto com julho do ano passado, a desocupação aumentou em todas as regiões, sendo o maior aumento em São Paulo (66,9%) e o menor em Salvador (37,4%).
Já o total da população ocupada (22,8 milhões) no conjunto das seis regiões em julho de 2015 ficou estatisticamente estável em ambas as comparações. Regionalmente, no mês, houve alta em Recife (2,7%) e estabilidade nas demais regiões. No ano, houve queda (-4,3%) em Salvador (-82 mil pessoas) e estabilidade nas demais regiões metropolitanas. A população não economicamente ativa (19,3 milhões de pessoas) manteve-se estável em ambas as comparações.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,3 milhões) recuou 1,5% na comparação mensal e caiu 3,1% (menos 359 mil pessoas com carteira assinada) no ano. Na avaliação regional, o comparativo mensal aponta estabilidade em quase todas as regiões, exceto em São Paulo (-2,9%). Frente a julho de 2014, houve queda em Salvador (-7,9%).
Quanto aos ocupados por grupamentos de atividade, para o conjunto das seis regiões, no mês, foi observada estabilidade em todos os grupamentos. No ano, os grupamentos da Construção e da Indústria apresentaram declínio, de 5,2% e 4%, respectivamente, enquanto o da Educação, saúde, administração pública teve alta de 4,2%.
O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) (51,9%) para o total das seis regiões investigadas, não apresentou variação significativa em relação a junho, mas recuou 1,1 ponto percentual na comparação anual. Regionalmente, no mês, houve estabilidade em todas as regiões e, no ano, houve retrações em Salvador (-2,9 pontos percentuais) e em Belo Horizonte (-1,2 ponto percentual).
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 2.170,70) ficou estatisticamente estável frente a junho (R$ 2.163,54) e recuou 2,4% em relação a julho de 2014 (R$ 2.223,87). Em relação a junho último, o rendimento subiu em Salvador (2,1%) e no Rio de Janeiro (3,1%), apresentou declínio em Recife (-2,3%) e São Paulo (-0,9%) e ficou estável em Belo Horizonte e Porto Alegre. Frente a julho de 2014, o rendimento diminuiu em quatro regiões – São Paulo (-3,5%), Recife (-3%), Belo Horizonte (-2,9%) e Rio de Janeiro (-2,8%) – e subiu em duas – Porto Alegre (1,6%) e Salvador (1,3%).
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 49,9 bilhões) em julho de 2015 ficou estatisticamente estável frente a junho e recuou 3,5% na comparação anual. A massa de rendimento médio real efetivo dos ocupados (R$ 50,2 bilhões) em junho de 2015 ficou estatisticamente estável frente a maio e recuou 3,1% frente a junho de 2014.