UNE define bandeiras de luta e convoca todos às ruas no dia 20

A União Nacional dos Estudantes tem histórico de lutas e vitórias não só em defesa da educação, mas também da soberania nacional. Em momentos chave do cenário político brasileiro a entidade nunca titubeou em defender o lado do povo, da democracia e da liberdade e desta vez não é diferente. A UNE está do lado da constitucionalidade e defende o respeito ao voto popular e a retomada do desenvolvimento nacional, que a direita tenta, com afinco, interromper mais uma vez.

Manifestação de estudantes - TV UNE

Desta forma, a UNE listou sete motivos pelos quais vai estar na rua, ao lado do povo, nesta quinta-feira (20). A entidade convoca a juventude brasileira a se unir às manifestações em suas cidades e defender a democracia, a Petrobras, a constitucionalidade do atual mandato presidencial e a execução do lema “Pátria Educadora”.

Veja os sete motivos da UNE:

1 – Defender a democracia

A democracia é um sistema político que todo cidadão participa da vida política do país e escolhe livremente os seus candidatos.

Em encontro com a presidenta Dilma Roussef, há pouco mais de uma semana, Carina Vitral ressaltou a importância da democracia na história da entidade estudantil e também do país como um todo.

“A UNE completou 78 anos no último dia 11 de agosto com uma história marcada por lutas, sobretudo luta pelo Brasil, em defesa da democracia e dos estudantes. Somos a entidade que lutou na ditadura, onde as vidas de muitos de nossos líderes foram ceifadas. Por toda essa história, nós sabemos dar valor a democracia, porque pagamos com as nossas vidas, sabemos dar valor a esta recente e também valiosa democracia”, disse.

2 – Contra os cortes na educação

Os corte de mais de R$ 10 bilhões ameaçam os avanços da educação brasileira no último período, como a ampliação do Fies, do ProUni, das cotas e das universidades federais.

Para a presidenta da UNE, a educação deveria ser poupada do ajuste fiscal. “Nós lutamos por mais de uma década pra aprovar os 10% do PIB e os royalties pré-sal para a educação. Nós achamos que a saída da crise é ter mais investimento na educação e aprofundar as mudanças”, ressalta.

3 – Contra a redução da maioridade penal

Está provado que a redução não é a solução para o problema da violência no país. Ela coloca em risco a vida de milhares de jovens, especialmente os negros da periferia.

“A redução tira a proteção que o Estado garante aos jovens de ter oportunidades iguais e permite que a juventude negra e pobre do Brasil seja perseguida e encarcerada. A solução para a violência é a educação, não é jogar o jovem em uma prisão violenta e criminosa”, opina a presidenta da UBES, Bárbara Melo.

4 – Defender a Petrobras

A revisão da partilha do pré-sal e a ameaça de privatização da Petrobras colocam em xeque importantes conquistas dos estudantes: a destinação dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal para a educação.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) estará nas ruas na quinta-feira (20) em defesa da estatal.

‘’Vamos defender a democracia e se contrapor às tentativas de entrega do pré-sal e da Petrobras. O país atravessa uma grave crise política, onde a direita vem se fortalecendo e ocupando espaço no Congresso Nacional, no judiciário e nas ruas, atacando o estado democrático de direito e colocando em risco conquistas sociais. É preciso reagir.’’

5 – Defender uma reforma política democrática

A Câmara dos Deputados aprovou uma reforma eleitoral de mentirinha que não coloca fim no financiamento empresarial de campanhas. A UNE defende uma reforma de verdade que combata a corrupção e amplie a participação popular!

O ex-presidente da UNE e atual representante da Comissão de Mobilização de Reforma Política da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Aldo Arantes, destaca a importância de uma reforma política democrática.

“Não podemos falar reforma política no geral porque existe uma reforma política antidemocrática em curso. Nós temos que falar em reforma política democrática com um objetivo fundamental que é acabar com o financiamento privado de empresas, que hoje é responsável por 95% dos financiamento de campanhas e mola propulsora da corrupção.”

6 – Pedir reformas populares

Para aprofundar a democracia brasileira e diminuir as desigualdade sociais, defendemos mudanças necessárias e urgentes como as Reformas Tributária, Urbana, Agrária, Educacional e a Democratização das comunicações.

“Somos contra as saídas à direita e golpistas para a crise. O ato do dia 20 não é um ato em defesa do governo, mas um ato contra o ajuste fiscal e em defesa das reformas populares e saídas populares para a crise. É um ato de cobrança e de crítica’’ destaca o coordenador do MTST, Guilherme Boulos.

7 – Por uma nova política econômica

Ao invés de atacar direitos trabalhistas, cortar investimentos sociais e aumentar os juros, defendemos que o governo taxe as grandes fortunas, dividendos e remessas de lucro e faça uma auditoria da dívida pública.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, terceirizar é cometer um crime contra os trabalhadores. “A PEC da terceirização é um ataque nefasto aos direitos dos trabalhadores, não só aos sindicalizados, mas os mais precarizados, que estão amontoados nas periferias urbanas, são afetados diretamente”, disse.