PCdoB Campinas debate conjuntura política
O Comitê Municipal do PCdoB de Campinas/SP reuniu a militância e simpatizantes para debater a conjuntura política nacional. A atividade foi realizada no Sindicato da Construção Civil, na quinta-feira (13/08).
Publicado 14/08/2015 17:49 | Editado 04/03/2020 17:16
O historiador e membro do Comitê Central do Partido, Augusto Buonicore, fez a exposição central sobre o tema. Também participaram da mesa, a presidente municipal, Márcia Quintanilha, o vereador comunista Gustavo Petta e o secretário de organização, Arthur Herculano – que conduziu os trabalhos.
Buonicore falou da tentativa de golpe que está em curso desde o final das eleições presidenciais de 2014. Afirmou que a elite não aceita a legítima decisão do povo brasileiro que demonstrou mais uma vez não aceitar a prática de políticas neoliberais no País. Ele, porém , apontou um racha na concepção sobre como conduzir o processo golpista. De um lado, Aécio Neves – derrotado nas urnas – e seus aliados, que não falam mais em impeachment, mas em novas eleições já. De outro, Alckmin e Serra que buscam desgastar e sangrar o governo até as próximas eleições. Este racha teve o efeito secundário de gerar pânico entre o setor patronal que, antevendo o impasse político, teme perder dinheiro com um possível caos econômico. Exemplos dessa preocupação são os editoriais de jornalões brasileiros e a nota conjunta das federações das indústrias de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O comunista lembra que as elites nunca aceitaram a vitória popular iniciada em 2002 e que levou à implementação de políticas sociais, como o Bolsa-Família e o Prouni, que promoveram mudanças de costumes no Brasil. Para ele, a tarefa da militância é lutar em defesa da democracia, do estado de direito, do desenvolvimento econômico e da Petrobras – uma das principais empresas públicas atingidas pela sanha golpista. “Assim, a presença de todos nós na manifestação do dia 20 é fundamental para impedir um retrocesso nos ideias progressistas – que teria efeitos nefastos na América Latina e no mundo”, concluiu o dirigente.
Márcia Quintanilha afirmou que a atual crise política propicia aos comunistas mais uma oportunidade de demonstrarem seus compromissos com a construção de uma nação justa e igualitária, a caminho do socialismo. “Vamos às ruas no dia 20 em defesa do 4° mandato consecutivo conquistado pelas forças progressistas e populares”, conclamou a presidente. Gustavo Petta lembrou da época em que presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE) quando as elites também tentaram impedir a vitória que levou ao segundo mandato do presidente Lula. “Naquela oportunidade, o golpe não avançou por conta das lutas dos movimentos sociais, em especial o movimento estudantil, e o Brasil manteve a sua rota de crescimento com distribuição de renda. Vamos às ruas em defesa da Constituição, da legalidade e da democracia”, conclamou o vereador.