Militância enfrenta violência da direita com flores no Instituto Lula

Milhares de militantes dos mais diversos movimentos sociais e partidos de esquerda se reuniram para um “abraço” no Instituto Lula na tarde desta sexta-feira (7). Com flores brancas e vermelhas, a esquerda presenteou o ex-presidente Lula no mesmo lugar onde há pouco mais de uma semana a direita jogou uma bomba.

Lula - Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O ex-presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e o atual do PT, Rui Falcão também participaram do ato, além dos ministros Aloízio Mercadante, da Casa Civil; Jaques Wagner, da Defesa e Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social, e dos prefeitos de São Bernardo do Campo e de Santo André.

Militantes de diversos partidos, entre eles o PDT e o PCO, junto a ativistas de movimentos sociais entoaram palavras de ordem e entregaram flores ao ex-presidente Lula quando ele chegou no ato. Um cartaz com mensagens de paz e solidariedade foi anexado no prédio. Da janela, Lula também jogava flores para as pessoas. 

Rui Falcão ressaltou a necessidade de se defender a democracia e a constitucionalidade do mandato da presidenta Dilma. “Nós temos uma presidenta democraticamente eleita. Eleição, agora, só em 2018. A oposição deveria buscar nas urnas uma vitória em vez de tentar um golpe de mão para afastar a presidenta", disse. Para ele, os pedidos de novas eleições são “problema do PSDB”.


O ex-presidente do PCdoB, Renato Rabelo e o presidente da CTB, Adilson Araújo, estiveram presentes no ato | Foto: Thiago Cassis 

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto afirmou que se reuniu com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, e com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tratar das investigações relativas ao atentado contra a sede. "O secretário nos garantiu que a polícia de São Paulo tem todas as condições para apurar o atentado e que seguirá com a investigação", relatou.

Okamotto contou ainda que o Instituto pediu uma investigação paralela feita pela Receita Federal. "Entendemos que a PF é responsável por decreto pela segurança de ex-presidentes. Isso vai depender também da interpretação do ministro, ele me disse ver elementos para isso e que vai avaliar".