Na 17ª fase da Operação Lava Jato, PF prende ex-ministro José Dirceu

Na manhã desta segunda-feira (3), a Polícia Federal (PF) cumpre ações penais na 17ª fase da Operação Lava Jato, conduzida pelo juiz federal Sérgio Moro que expediu 40 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva, cinco de prisão temporária, 26 de busca e apreensão e seis de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Desta vez, um dos alvos de prisão preventiva decretada pelo juiz Moro é o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

POLICIA FEDERAL OPERAÇÃO LAVAJATO

Em alusão ao termo "propina", apelidado pelos investigados, esta operação foi batizada pela Polícia Federal de "Pixuleco".

Na operação, o ex-ministro José Dirceu é investigado por envolvimento no esquema, por meio de sua empresa JD assessoria, já desativada. Segundo publicação da Folha de São Paulo, a discussão sobre sua prisão se dá em torno da remoção ou não de Dirceu, já que ele se encontra em prisão domiciliar, cumprindo pena por conta do processo da Ação Penal 470, apelidada pela mídia hegemônica de "Mensalão do PT". A autorização da remoção de Dirceu depende do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo magistrado consultado pela reportagem da Folha, em tese é possível que Dirceu seja levado para um estabelecimento prisional. Segundo ele, embora a situação não seja comum, já houve autorização, por exemplo, de uma pessoa ter decretada permanência em carceragem em nova condenação mesmo com direito a prisão domiciliar.

Mesmo assim, ainda não se tem conhecimento sobre qual alegação o juiz Moro mandou prender, preventivamente, alguém que já está preso, mesmo que em prisão domiciliar.