Publicado 20/07/2015 09:34
As obras já estão sob a guarda e administração dos museus e passarão agora por procedimentos de documentação, conservação e pesquisa, por meio do qual as equipes técnicas das instituições poderão identificar ou confirmar sua origem, material utilizado, estilo e autoria, entre outros aspectos.
O Museu Nacional de Belas Artes (RJ) recebeu a pintura Mangueïrengruppe (grupo de mangueiras), do artista austríaco naturalista Joseph Selleny, que veio ao país no século 19 com o objetivo de retratar a paisagem brasileira. Duas esculturas intituladas Negros Venezianos suportando resposteiros, representação artística de escravos do século 19, foram para o Museu da Abolição (PE).
O Museu da República (RJ) recebeu a obra Rio de Janeiro – Baia de Guanabara, de 1899, de Luís Ribeiro, que apresenta uma cena marítima da então capital federal nos primeiros momentos da República recém-instaurada. Le Corcovade, de Henri Langerock, foi destinada ao Museu Imperial (RJ) e fará parte da coleção que retrata o Rio de Janeiro real e imperial.
A tela O Martírio das onze mil virgens, da escola flamenca do século 17, foi destinada ao Museu Histórico Nacional (RJ), que também recebeu as tapeçarias Noblemen in the Garden e uma tapeçaria em fio de lã com a seguinte inscrição na borda inferior: Manufacture Royale Aubusson 1739. De acordo com a diretora do MHN, Ruth Beatriz, com essas peças, o museu forma um conjunto de tapeçarias jamais visto no Brasil.
A destinação das obras levou em conta critérios como a política de aquisição dos museus, disponibilidade para receber os bens, condições favoráveis de preservação e segurança, além das disposições de preferência previstas pela lei que trata da destinação de bens culturais aos museus.