Pluralidade e troca de conhecimentos marcam Mostra Científica da ANPG

A Mostra Científica do 4º Salão Nacional de Divulgação Científica da ANPG, realizada nesta segunda e terça-feira (13 e 14), em São Carlos, durante a Reunião Anual Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, reuniu pós-graduandos, graduandos e professores universitários que apresentaram trabalhos de diversas áreas do conhecimento e promoveram troca de experiências.

Mostra científica da ANPG - Bruno Bou

“Como atividade já consolidada dentro dos Salões da ANPG, a Mostra Científica configura-se como um espaço bastante interativo, dinâmico e colaborativo, onde pós-graduandos, graduandos e professores podem expor seus trabalhos, de forma a divulgar e compartilhar conhecimento com a comunidade acadêmica e a sociedade em geral”, diz Lenilton Silveira, vice-presidente Regional Nordeste da ANPG e coordenador da Mostra Científica.

Bruno Floriani, doutorando em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) e avaliador da Mostra pela segunda vez, acredita que um evento como esse é importante para trazer a tona o que temas pesquisados no Brasil.

“Em alguns congressos, as pessoas ficam fechadas em suas áreas de atuação. No caso da Mostra Científica da ANPG, temos a chance de caminhar por outras estradas do conhecimento. Isso nos faz refletir novas formas de pensar as áreas da Ciência, e isso é muito construtivo”, afirma.

“Se pensarmos no desenvolvimento do país, vemos que precisamos educar as pessoas. E essa educação também parte do pressuposto de conhecer um pouco da Ciência e da Tecnologia. Quando nos reunimos para esse tipo de evento, estamos dando um sinal para o país do que queremos e como queremos chegar lá. Por esse motivo, essas Mostras são tão importantes para o desenvolvimento e fortalecimento da pesquisa”, completa.

Pluralidade

Os trabalhos apresentados provam tal pluralidade salientada pelo organizador e avaliador da Mostra. Na grade de apresentações: ciências sociais, física, ciências da saúde, biológicas e muitas outras.

Rívia de Jesus Santos, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), apresentou sua pesquisa sobre a Cultura Popular no âmbito educacional. O trabalho consistiu em avaliar a utilização da cultura e folclore afro-brasileiros no sistema de ensino de três escolas públicas da cidade e Itabuna, na Bahia. “Itabuna é um local onde identificamos várias tradições artísticas da cultura popular, então busco saber como essas escolas estão trabalhando esses elementos”, afirma.

Para Rívia, que participou da Mostra pela primeira vez, é importante expor sua pesquisa na Mostra, pois o contato com as pessoas presentes traz troca de conhecimentos. “Acredito que outras pessoas que ouviram minha pesquisa possam contribuir para o trabalho”, afirma.

Enquanto Rívia falava sobre educação, Rafael Veloso Luz, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, falava sobre o tempo nas suas mais variadas formas, a partir da Física. “Como faço minha pesquisa no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), que além de ser uma instituição de pesquisa, é um museu de ciências, ou seja, um local que mistura Física com Educação, então tudo o que fazemos lá é com o intuito de popularizar nossas pesquisas. Por isso fizemos uma exposição”, explica Veloso, que trabalha a questão a partir de uma exposição onde as pessoas descobrem mais sobre o que é o Tempo. Para ele, falta divulgação da área de Ciências Exatas e, portanto, um evento como esse é importante para divulgar as pesquisas realizadas no Brasil e a importância desses trabalhos.