Países do sudeste asiático querem acordos com o Brasil
Um mercado potencial de mais de 600 milhões de consumidores distribuídos por 10 países com economias crescentes, PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 2,4 trilhões e vontade de fazer acordos nas áreas de energias renováveis, comércio, indústria, educação e cultura com o Brasil.
Publicado 16/07/2015 11:05
Este foi o perfil apresentado pelos países-membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (em inglês Association of Southeast Asian Nations), durante a reunião realizada, esta semana na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara.
Durante duas horas, embaixadores de seis dos 10 países participantes do bloco (Indonésia, Malásia, Mianmar, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietnã) falaram sobre as economias de seus países e expressaram seu interesse em estreitar laços com o Brasil.
Do encontro participou também, além da presidenta da Comissão, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e o deputado Átila Lins (PSD-AM), que sugeriu a criação de um Grupo de Amizade Brasil–Sudeste Asiático, de maneira a fortalecer as relações com seus países-membros.
Jô Moraes, por sua vez, avaliou a importância de se ter presentes membros do Itamaraty que possam avaliar as áreas de interesse para o estabelecimento de acordos de cooperação.
Atual presidente do bloco, cuja gestão se altera a cada seis meses, o embaixador da Tailândia, Pitchayaphant Charnbhumidol, explicou que “os entendimentos entre blocos fortalecem os países integrantes destes grupos, assim como os acordos econômicos e sociais existentes entre eles”.
Ele também destacou que nos últimos 10 anos o volume de transações comerciais entre o Brasil e os países do Sudeste Asiático cresceu 480%, alcançando 4,5% de todo o comércio exterior brasileiro.