Acampados, funcionários da GM protestam contra demissões

Os cerca de 150 trabalhadores da General Motors em São Caetano do Sul que estão em lay-off (suspensão do contrato de trabalho) estão desde o domingo (12) acampados na porta da empresa em forma de protesto pela demissão de 550 funcionários, incluindo trabalhadores que possuem estabilidade por doença de trabalho.

Funcionários da GM acampados em frente à fábrica - Fitmetal

Em carta aberta "à população e aos trabalhadores ainda não demitidos", os funcionários afirmam que é "inadmissível" que a GM tenha realizado a demissão na mesma semana em que o governo federal anunciou o Plano de Proteção ao Emprego. Eles pedem a revogação das demissões e um debate franco entre a direção da empresa e a Comissão dos Trabalhadores Demitidos.

O documento também destaca que é preciso atentar para o fato de que a crise econômica que afeta o país é temporária e não pode ser utilizada como argumento para justificar tantos cortes e demissões em massa.

"O cenário atual não apaga os anos de lucro extraordinário que as montadoras, como a GM, tiveram na última década. Ao invés de diminuir sua margem de lucro, as montadoras aproveitam a crise para reestruturas suas plantas, demitindo os trabalhadores com os salários mais altos, para em seguida preencher essas vagas com salários reduzidos", diz a nota.

Na sexta-feira (17), os funcionários vão fazer uma manifestação na porta da fábrica para intensificar a mobilização da categoria.