Fabricante chinês de smartphone começa a explorar mercado brasileiro 

O vice-presidente global de Xiaomi, Hugo Barra, afirmou nesta terça-feira (30) que o Brasil é “a primeira parada do nosso lançamento na América Latina”, indicando que o México e a Colômbia podem ser os próximos passos lógicos na região, embora ele se recusasse a dizer quando.

Sem publicidades ou lojas tradicionais, Xiaomi acredita que seus produtos baratos vão atrair os consumidores brasileiros, que se tornaram mais sensíveis ao preço devido à desaceleração econômica do país.

“Fornecemos produtos de alta qualidade com preços incrivelmente agressivos, por isso, começamos em um maior mercado em desenvolvimento, onde as pessoas são muito sensíveis aos preços”, disse Barra.

Na cerimônia de lançamento realizado no mesmo dia, Barra ainda anunciou que o smartphone Redmi 2, de nível básico, começará a ser comercializado no Brasil na próxima semana, com preço de R$ 499,00 (cerca de160 dólares).

Segundo se informou, os smartphones Redmi 2 que serão lançados no Brasil já foram montados em linhas de montagem de Foxconn Technology Group nos subúrbios de São Paulo, o mesmo fabricante do iPhone no país desde 2011.

O preço de iPhone sem contrato no Brasil pode superar 1.000 dólares. O Brasil é um dos países com preço mais alto de iPhone no mundo, muito mais do que o de iPhone nos Estados Unidos. Mesmo com outros smartphones com preços mais baratos no país, muitos consumidores brasileiros não têm condições para comprar os smartphones.

Apenas três anos depois de vender seu primeiro produto, Xiaomi, com sede em Pequim já se tornou na empresa startup mais valiosa na área tecnológica no mundo, com valor calculado de 45 bilhões de dólares.

Xiaomi presta sempre atenção ao mercado emergente, o que é refletido na escolha do Brasil como seu primeiro mercado fora da Ásia. No mundo de hoje, o mercado global de smartphone é dominado por Apple e Samsung.

O mercado brasileiro de smartphone está em um ponto de viragem, com usuários trocando celulares simples por smartphones, a fim de atender às necessidades de usar rede social. As vendas de smartphones no Brasil atingiu 54,5 milhões de unidades no ano passado, com um aumento de 55%, e esse número pode chegar a 63,8 milhões neste ano.

Xiaomi, que é a quinta maior marca de smartphones do mundo, tem como objetivo de entrar no mercado brasileiro com seu novo modelo comercial, afirmou Barra.