CPI do HSBC aprova quebra de sigilo de envolvidos no trensalão
A CPI do HSBC aprovou, na terça-feira (30), a quebra de sigilo bancário de dois investigados no trensalão, o esquema de propinas montado nos governo tucanos desde Mário Covas junto aos trens em São Paulo. Serão alvo de investigação os ex-diretores do Metrô Paulo Celso Mano Moreira e Ademir Venâncio de Araújo.
Publicado 01/07/2015 10:20
De acordo com informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Moreira e Araújo tinham conta na agência do HSBC em Genebra, na Suíça, no mesmo período em que foram diretores do Metrô de São Paulo.
Além disso, a CPI aprovou a quebra de sigilo bancário de outros 14 brasileiros. Os requerimentos foram aprovados com base em informações do Coaf, que apontou a existência de “operações financeiras atípicas”.
Segundo o presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-PA), a comissão enviou correspondências solicitando esclarecimentos sobre as operações financeiras aos nomes elencados pela imprensa.
“Alguns responderam, outros não. Assim, a CPI decidiu avançar com o pedido de quebra de sigilo”, explicou Rocha.
Idec: HSBC é o pior banco do Brasil em relação à transparência
A CPI aprovou resolução para a realização de audiência pública com o consultor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Lucas Salgado. Pesquisa do instituto apontou o HSBC como o pior banco no Brasil em relação à transparência.
Também foi aprovado requerimento o banco informar a lista completa dos brasileiros que movimentaram contas na agência suíça, durante os anos de 2006 e 2007.
Os trabalhos da CPI estão previstos para encerrarem no dia 19 de setembro, mas até hoje a comissão não recebeu do Ministério Público da França a lista do SwissLeaks. Os senadores trabalham com base em informações publicadas pela imprensa brasileira e internacional.
Em relação ao Brasil, a lista indica que os correntistas brasileiros tinham cerca de US$ 7 bilhões entre 2006 e 2007 no banco em Genebra.