Farc faz apelo para que acabe a confrontação na Colômbia
A delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc – EP), que participa nas conversações de paz com o governo, fez neste sábado (27), um chamado a pôr fim à confrontação no país.
Publicado 28/06/2015 05:18
Trata-se de um assunto de vontade política que pode ser concretizada já, na mesa de diálogos, sublinhou em um comunicado o membro das Farc – EP Carlos Antonio Lozada.
A atitude insensata do Estado de ordenar operações ofensivas contra a guerrilha, que se manteve em trégua unilateral por mais de cinco meses, ocasionou o fim desta e o incremento das hostilidades até os níveis que hoje se registram na Colômbia, disse Lozada.
Não nos orgulhamos dos resultados das ações contra a infraestrutura estatal, e muito menos da morte de um soldado do governo, contrariamente àqueles que se regozijam e despudoradamente exibem como troféu a baixa de um guerrilheiro, lamentou.
Temos empenhado nosso esforço no cessar-fogo, assinalou Lozada, mas não encontramos eco no governo, que nos responsabiliza agora através de outra campanha pela degradação do meio ambiente na Colômbia, algo que carece de razão e franqueza.
De acordo com um informe internacional divulgado em 2014, 125 municípios do sul sob o controle da guerrilha estão protegidos da degradação ambiental, recordou.
Pesquisas científicas acreditam, assinalou, que a qualidade ambiental na Colômbia piorou a um ritmo constante e sem precedentes nos últimos anos devido ao desmatamento, à poluição das águas e às alterações de ecossistemas de páramos e regiões úmidas.
Soma-se a isso a poluição do ar, o abuso da monocultura, o uso intensivo de agroquímicos e desfolhantes e a destruição de milhares de hectares de bosques tropicais, acrescentou o membro das Farc.
O panorama atual, na opinião de Lozano, obriga a que se faça um esforço para buscar soluções urgentes a uma confrontação cuja escalada ocorre por responsabilidade principal do Estado.
Prensa Latina