Políticas para brasileiros no exterior são discutidas na Câmara
Um grupo de representantes das comunidades brasileiras no exterior reuniu-se na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara, esta semana, para discutir as questões de gênero na imigração brasileira. Durante a conversa com a presidenta da Comissão, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), foi explicada a importância da 1ª Conferência sobre Questões de Gênero na Imigração Brasileira.
Publicado 25/06/2015 10:38
A 1ª Conferência sobre Questões de Gênero na Imigração Brasileira, realizada pela Subsecretária-Geral das Comunidades no Exterior do Ministério das Relações Exteriores e pela Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), foi aberta nesta quarta-feira (24) e prossegue até amanhã (26), em Brasília.
O foco da Conferência é o aprofundamento da discussão de temas de gênero que afetam as comunidades brasileiras no exterior, tais como violência doméstica, disputa por guarda de menores, imagens estereotipadas da mulher brasileira, questões de saúde feminina, questões afeitas à comunidade LGBT e outros.
O objetivo é delinear políticas, linhas de ação e iniciativas concretas em benefício dessas comunidades no exterior, que serão posteriormente implementadas pelo Ministério das Relações Exteriores e sua rede de postos no exterior, em parceria com os demais órgãos competentes.
Participam do evento representantes das comunidades brasileiras em países onde se constatam problemas de gênero de maior magnitude, e dos órgãos governamentais vinculados à temática de temas de gênero.
Na audiência na Câmara, o grupo pediu o desenvolvimento de políticas públicas que atendam os brasileiros que vivem no exterior, que abranjam principalmente os problemas de violência doméstica, o tráfico de seres humanos e as questões relacionadas às crianças.
A ministra Luíza Lopes da Silva, diretora do Departamento Consular de Brasileiros no Exterior do Ministério das Relações Exteriores (MRE), também presente no encontro com a deputada Jô Moares, falou sobre os cortes nas verbas destinadas ao Itamaraty e de como isto afeta os consulados brasileiros e a qualidade do atendimento social que o MRE desenvolve no exterior.
Jô Moraes sugeriu que se estabelecesse uma dinâmica de inclusão no orçamento do MRE de valores voltados para as políticas para imigrantes.