Investidores-anjo pedem proteção jurídica para investir no Brasil
Os investidores-anjo reivindicaram ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, proteção jurídica, por meio de uma regulamentação, e políticas de estímulo para o investimento anjo. Segundo dados divulgados no 3º Congresso de Investimento-Anjo, realizado nesta quarta-feira (24), em São Paulo, os investimentos-anjo somam hoje no Brasil R$ 688 milhões e tem potencial de desenvolvimento, em 2015, de R$ 1,4 bilhão.
Publicado 25/06/2015 12:28
"Investimento-anjo tem papel crítico no financiamento das empresas nascentes. As pesquisas mostram que empresas que receberam esses investimentos crescem mais e se desenvolvem mais rapidamente, isso pode fazer a diferença para o empreendedorismo brasileiro", afirmou o presidente da Anjos do Brasil, Cassio Spina.
Investimento-anjo é uma prática crescente no País e no mundo, e consiste na junção entre capital e inteligência capaz de apoiar o desenvolvimento de negócios de alto impacto. O foco desse tipo de investimento são empresas inovadoras de alto potencial.
"O Ministério tem compromisso com as reivindicações da Anjos do Brasil. Estamos reintegrando as reivindicações a um inventário de sugestões e propostas que levarei à Presidenta da República para remover os óbices à ciência, pesquisa e à inovação no Brasil", disse o ministro Aldo Rebelo, ao participar de painel no Congresso. Das reivindicações do setor foram mencionados o fim da burocracia e a redução da carga tributária.
O ministro reforçou que o MCTI "irá criar todas as condições" para um ambiente favorável aos investimentos-anjo. "A inovação é elemento dinâmico, decisivo, e, hoje, cada vez mais presente nos processos de desenvolvimento da economia do mundo e das nações. A capacidade de inovar está diretamente ligada à capacidade da economia de ampliar as oportunidades de trabalho, gerar empregos, rendas e tributos de alta tecnologia", acrescentou Rebelo.