Consulado no Maranhão dificulta recenseamento de eleitor português
A Comissão de Imigrantes Portugueses no Brasil de Apoio à Coligação Democrática Unitária (CDU) formalizou reclamação junto à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) em Portugal, na última sexta-feira (18), sobre a denúncia de que o Consulado no Maranhão estaria dificultando o recenseamento de um cidadão português para que possa votar nas eleições para o parlamento, que ocorrem em outubro.
Por Lúcia Rodrigues, para o Portal Vermelho
Publicado 22/06/2015 08:48
Segundo o coordenador da CDU no Brasil, Jorge Amorim, a Coligação foi informada de que Antonio Jorge Pereira da Rocha Correia, residente há vários anos no Maranhão, tomou conhecimento pelos serviços do corpo consular no Estado de que não poderia votar na próxima eleição para decidir os parlamentares que integrarão a Assembleia Nacional da República de Portugal.
A alegação é de que o cidadão teria de escrever uma carta para solicitar a transferência de voto para a cidade de São Luís. Ele vive em São José de Ribamar, que integra a região metropolitana da capital maranhense e, além disso, é o terceiro município mais populoso do estado. O trâmite burocrático proposto pelo Consulado impede que ele possa votar no próximo pleito. “É um absurdo que o Consulado português crie dificuldades para seus cidadãos votarem” critica Jorge Amorim, coordenador da CDU no Brasil. A coligação representa os partidos Comunista Português (PCP) e Ecologista “Os Verdes” (PEV).
O dirigente político teme que isso esteja acontecendo em consulados de outros estados também. E ressalta que o papel da Coligação Democrática Unitária é lutar pela defesa do direito de voto de todos os imigrantes portugueses. Queremos que os cidadãos possam contribuir com uma alternativa patriótica e de esquerda para Portugal”, frisa.
Para Jorge Amorim, a atitude do Consulado demonstra que o governo não está interessado que os imigrantes portugueses votem. “A embaixada e todo o corpo diplomático não estão a serviço dos imigrantes portugueses, mas apenas dos grupos financeiros. Basta ver o que ocorre nas viagens ao exterior do presidente da República e do ministro dos Negócios Estrangeiros”, enfatiza se referindo aos empresários que acompanham a comitiva presidencial nas visitas ao estrangeiro.