Vice-presidenta da Câmara venezuelana exige respeito às instituições 

A relação de amizade entre a Venezuela e o Brasil não será atingida pela provocação do grupo de senadores brasileiros direitistas que foi a Caracas na última quinta-feira (18) com a finalidade de participar em atividades promovidas por setores da ultradireita, assinalou a vice-presidenta da Assembleia Nacional (Câmara dos Deputados), Tania Díaz.

Deputada venezuelana Tania Díaz - AVN

“A visita, uma situação provocada pera gerar inimizade entre os dois países, não vai torpedear de nenhuma maneira a boa relação que existe, existiu e existirá entre a Venezuela e o Brasil", asseverou Díaz, acompanhada pela também deputada Marelis Pérez.

O grupo de senadores dirigido pelo candidato derrotado à Presidência da República, hoje senador do PSDB, Aécio Neves, fez falsas denúncias sobre suposta falta de liberdades na Venezuela. Agora, os parlamentares da direita brasileira anunciam que tomarão iniciativas para expulsar o país do Mercosul e da Unasul, organismos de integração latino-americana.

"São situações que buscam criar inimizade entre nossos países, mas isto não vai jogar por terra tudo o que o Comandante Chávez e Lula fizeram pelos avanços na região”, afirmou.

"Existe a má intenção de chantagear e entorpecer a ação da justiça, além da tentativa de golpear as boas relações entre a Venezuela e o Brasil", declarou a deputada.

"É a mesma busca da extrema direita de isolar o país, sabotar os intentos de integração, isolar a Venezuela e contribuir com a agenda de bloqueio, de guerra total que assedia a Venezuela”, denunciou.

A deputada Tania Díaz indicou que com essa visita também se busca chantagear a justiça venezuelana em suas ações para esclarecer e estabelecer as responsabilidades no plano do golpe de Estado, dirigido por Leopoldo López, Antonio Ledezma e  Maria Machado, que deixou 43 pessoas assassinadas em 2014, entre elas um jovem  motorizado degolado por um cabo de aço instalado numa rua de Caracas por um dos grupos de choque mobilizados pelos organizadores do golpe.

"Não é uma chantagem que vai frear o sistema de justiça do país”, afirmou a vice-presidenta do Parlamento nacional.

Em nome da Assembleia Nacional, a deputada exigiu respeito à institucionalidade venezuelana, tal como a Venezuela faz com todas as instituições brasileiras.

Finalmente, a vice-presidenta do Legislativo venezuelano disse que o país respeita a condição de senadores do grupo que viajou a Caracas. "Nós  respeitamos sua condição como senadores, respeitamos o Parlamento, o Governo do Brasil e exigimos que se respeite nossa institucionalidade", manifestou.

Por sua parte, a deputada Marelis Pérez informou que em 30 de junho próximo será realizada uma reunião com os membros do Parlatino para denunciar estas políticas contrárias ao espírito de unidade que a Revolução Bolivariana desenvolve em toda a América Latina.