Publicado 15/06/2015 09:12

Zito, apelido de José Ely de Miranda, morreu em casa, em Santos. Há cerca de um ano ele sofreu um acidente vascular cerebral que debilitou sua condição de saúde. A morte do ex-jogador foi confirmada pela assessoria de imprensa do Santos, que declarou luto oficial de sete dias.
O jogador marcou um dos gols do Brasil na vitória de virada sobre a Tchecoslováquia, por 3 a 1, na final da Copa do Mundo de 1962, no Chile.
Craque
No futebol brasileiro, os "volantes que marcam e saem jogando" são vistos com bons olhos pelos treinadores. Os cabeças de área técnicos se destacam e são constantemente negociados ao futebol europeu.
Zito, entre as décadas de 1950 e 1960, já mostrava essa característica. Conhecido por sua técnica, o volante coordenava o time dentro de campo e se aventurava em um ataque com quatro avantes de vez em quando.
Sua capacidade de defender e atacar foi reconhecida, e Zito se tornou ídolo do Santos e da Seleção Brasileira, sendo bicampeão do mundo por ambos os times.
"Ele era incrível. Nos organizava dentro de campo, ditava o ritmo, fazia a gente jogar", disse o falecido zagueiro Dalmo. "Sem ele, ficava difícil. Ele era nosso ponto de equilíbrio. Um jogador completo", complementa o atacante Pepe.
Despedida
O velório será realizado nesta segunda-feira (15), no Memorial Necrópole Ecumênico no Marapé, em Santos. Depois, o corpo segue para Roseira, no interior de São Paulo, cidade natal do ex-jogador.
Depois de se aposentar dos gramados, Zito trabalhou como diretor do Santos e foi um dos responsáveis por revelar jovens jogadores de destaque, sendo Neymar o principal deles.
O camisa 10 da seleção, que está no Chile para a disputa da Copa América este mês, publicou uma foto ao lado de Zito no Instagram. "Não tenho palavras para descrever esse cara, simplesmente agradeço tudo que fez por mim, por ter acreditado e me ajudado no começo da minha carreira! Descanse em paz, fez muito por nós aqui… Obrigado ZITO!", escreveu Neymar na rede social.