Cúpula da União Africana tem mulher como tema central dos debates
Com a presença de mais de meia centena de chefes de Estado e de Governo está acontecendo o segmento de alto nível da 225ª Cúpula da União Africana (UA).
Publicado 15/06/2015 10:50
Com sede no Centro de Convenções de Sandton, em Johanesburgo, na África do Sul, o encontro foi precedido por um grupo de trabalho que preparou o caminho da Assembleia que começou neste domingo (14).
Entre as delegações convidadas ao importante encontro continental está a de Cuba, que é representada pelo o vice-presidente do Conselho de Estado, Salvador Valdés.
Valdés chegou a África do Sul na sexta-feira em visita oficial e, desde sua chegada, tem sustentado intercâmbios bilaterais com dirigentes do Partido Comunista Sul-africano (SACP), do Congresso dos Sindicatos Sul-africanos (Cosatu) e do Congresso Nacional Africano (ANC).
Segundo a imprensa local, um dos temas que centrará a atenção dos líderes do continente será o da paz e segurança, com ênfase na crise política pela que atravessa o Burundi.
Esta 25ª Cúpula tem como lema "Ano de Empoderamento da Mulher e Desenvolvimento da África, rumo à Agenda 2063".
O nascimento da UA é resultado de várias tentativas de unir politicamente o continente.
Seus antecedentes diretos estão na União de Estados Africanos, impulsionada por Kwame Nkrumah, em 1958; a Organização para a Unidade Africana (OUA), em 1963, e a Comunidade Econômica Africana, fundada em 1981.
Anos depois, em 9 de setembro de 1999, vários chefes de Estado e de Governo assinaram a declaração de Sirte, na qual ficou esboçada a ideia da futura UA.
A esta iniciativa seguiu-se uma série de cúpulas em Lomé (2000), onde se redigiu a ata constitutiva da UA; e em Lusaka (2001), onde se aprovou o plano para instaurar a União e em 9 de julho de 2002, foi inaugurada formalmente na cidade sul-africana de Durban.
Esta é uma união integrada por 54 estados africanos – exceto Marrocos. A sede do secretariado da UA, a Comissão da União Africana, está baseada em Adís Abeba, Etiópia.